
O HQRock publicou dias atrás que as modificações à origem do Superman criadas pelo reboot Os Novos 52 (de 2011) estão sendo apagadas e revertendo ao cânone anterior (estabelecido por Crise nas Infinitas Terras, em 1986). Assim, praticamente tudo relacionado ao homem de aço que ocorreu nas revistas da DC Comics de 2011 até agora está sendo apagado! E isso inclui o namoro com a Mulher-Maravilha, confirmou o escritor Dan Jurgens.
Em sua conta do Twitter, Jurgens – que está escrevendo a revista Action Comics, em que as mudanças estão sendo implementadas – confirmou o fato:
Nós demos em Action Comics as pinceladas mais amplas, o que deixou tudo relativamente claro. Não há relação amorosa com a Mulher-Maravilha, por exemplo.
O namoro de Kal-El e Diana foi um dos eventos bombásticos de Os Novos 52, na qual os heróis da DC tinham versões mais jovens e impulsivas e Clark Kent e Lois Lane não chegaram a engatar um namoro, de modo que o homem de aço se envolveu seriamente com a Princesa Amazona.

Nas últimas aventuras do Superman dentro da cronologia de Os Novos 52, o herói é morto em ação e descobrimos que existe um outro Superman na Terra, um pouco mais velho, casado com Lois Lane e com um filho chamado Jonathan. Esse outro é, na verdade, o homem de aço da cronologia anterior, estabelecida a partir de Crise nas Infinitas Terras e as quais acompanhávamos as aventuras até 2011.

Em Rebirth, a saga que está terminando com Os Novos 52, os dois Supermen são mesclados, mas a nova cronologia do herói está praticamente sendo apagada em favor da antiga e isso inclui, claro, o namoro com Diana, já que o herói está casado com Lois (fato que ocorreu numa HQ de 1996).

Rebirth também revela que os personagens da maxissérie Watchmen (que foi publicada pela DC Comics em 1986, mas sempre permaneceu como um universo à parte dos heróis da editora) estão de algum modo envolvidos com as mudanças na realidade que se traduzem no reboot cronológico. O “velho/novo” Superman, por exemplo, foi instigado por um ser misterioso chamado Mr. Oz, que parece ser Ozzymandias de Watchmen. Fica implícito que o Dr. Manhattan criou o novo universo pós-Rebirth, o que lhe dá a aura de Deus! E o botom do Comediante apareceu misteriosamente na batcaverna, o que resultou na saga The Button, na qual Batman e Flash investigam o artefato.

Esses elementos da fusão DC-Watchmen terão seu clímax no evento Doomsday Clock, uma minissérie em quatro partes que será escrita por Geoff Johns, que já foi o Diretor Criativo da DC Entertainment e hoje é o presidente da DC Films.
O Relógio do Apocalipse é um artefato central em Watchmen: o relógio simbólico que analistas usavam para medir a tensão na Guerra Fria, entre os EUA e a União Soviética. Quanto mais próximo da meia-noite estão os ponteiros, mais próximos estaríamos da hecatombe nuclear.

Johns afirmou em entrevista ao Syfy Wire que Doomsday Clock irá colocar o Superman contra o todo-poderoso Dr. Manhattan, entrando a oposição entre o otimismo do homem de aço e as ações cínicas de Manhattan, que tem seu codinome inspirado no Projeto Manhattan que criou a primeira bomba atômica. A DC Comics lançou um comunicado que a minissérie teria um tipo de pequeno prelúdio nas páginas de Flash 22, que está prestes a ser lançada e o Bleeding Cool teve acesso ao material, revelando que vemos o braço de Manhattan tocando o botom com o smiley face manchado com o sangue do Comediante e o objeto se desintegrando, enquanto o vermelho do sangue forma o símbolo do Superman.
Doomsday Clock começa a ser publicada em novembro nos EUA e terá desenhos de Gary Frank, parceiro constante de Geoff Johns, que escreve. Ao contrário dos grandes eventos, a minissérie não terá derivados ou edições correlatas, mas será um evento contido.
Parece promissor, ainda que essa fusão venha provavelmente a diluir o impacto da narrativa original de Watchmen, tão concisa qto revolucionária. Agora pra dar conta do Dr. Manhattan só trazendo de volta o Superman pré- crise, não? 😁
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Isso mesmo, Jorge. Acho que o lance é não tocar na narrativa original de Watchmen. Simplesmente deixar aquilo lá. E quem garante que esses Watchmen não são versões alternativas, também? Afinal, a DC é a casa do Multiverso.
Quanto ao Superman, só duas opções: ou o Manhattan vai se baixar ao nível dele para promover um combate físico (o que seria um passo para ele reencontrar sua humanidade) ou será um debate filosófico entre os dois. Em condições normais, o homem de aço não tem qualquer chance.
Abração!
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Isso se tudo o que vimos agora, seja Novos 52 ou Rebirth, não foram o tal “acho que vou tentar criar vida por aí” que o Manhattan fala no fim de Watchmen.
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