Atenção! Este artigo está repleto de SPOILERS! Se não quer saber sobre o final do filme, não leia.
Star Wars – Os Últimos Jedi foi um arrasa quarteirão no ano passado e foi um filme divisivo entre os fãs (a crítica adorou!) por causa de algumas escolhas narrativas polêmicas tomadas pelo diretor Rian Johnson. O filme deixou algumas perguntas também, tanto por sua narrativa, como por seu contexto, afinal, a atriz Carrie Fisher faleceu em 27 de dezembro de 2016, logo após encerrar as gravações do filme (que seria lançado um ano depois) e a LucasFilm optou por não modificar o conteúdo do longa por causa disso, deixando a trama exatamente como planejada. Os rumores diziam que Johnson criaria uma “cena de morte” para a personagem, mas isto não aconteceu e a General Leia Organa termina o filme viva e bem.
Ou pelo menos era isso o que pensávamos.
Já que a LucasFilm já se pronunciou dizendo que não irá “ressuscitar” Carrie Fisher usando tecnologia digital – como fez com o personagem Grand Moff Tarkin (o ator Peter Cushing viveu o icônico vilão em Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança, de 1977, e morreu em 1994; mas foi reconstruído digitalmente sobre o corpo e a voz de outro ator para Rogue One – Uma História Star Wars, de 2016, cujos eventos se passam antes daquele outro) – então, Leia precisará morrer offscreem ou já iniciar o Episódio IX (que sai em 2019) falecida.
Aí entra o livro que adapta Star Wars – Os Últimos Jedi. O romance chegará às livrarias no dia 06 de março, mas alguns fãs sortudos que aderiram à pré-venda já receberam os seus exemplares e estão divulgando Spoilers na rede. O principal tem a ver com o destino de Leia: segundo esses leitores, o livro dá a entender que a líder da Resistência não passou incólume à radiação solar e a hipóxia ao qual foi submetida ainda no início do filme.
Aí vem os Spoilers!
Ainda no terço inicial de Os Últimos Jedi, as naves da Resistência são encurraladas pela Primeira Ordem e são atacados ferozmente. O vilão Kylo Ren – que na verdade é Ben Solo, filho de Leia Organa com Han Solo e que se tornou um Jedi, mas caiu ao Lado Negro da Força – tem a oportunidade de atirar na nave em que sua mãe está e hesita, não o fazendo. Mas outra nave da Primeira Ordem o faz e o convés em que Leia está é destruído e ela é lançada ao vazio do espaço.

Mas apesar de não ser uma Cavaleira Jedi como o irmão Luke Skywalker, Leia tem o poder da Força dentro de si e após alguns segundos inconsciente no vácuo, desperta e usa a Força para puxá-la de volta para a nave, onde fica em segurança. A General, claro, passou por congelamento e ficou muito abatida. Ela é hospitalizada e passa boa parte do filme se recuperando, com a Almirante Hodo ocupando seu lugar. No fim, ela está desperta e participa (testemunha) a batalha final em Crait, onde Luke “reaparece” para ajudar a Resistência e confrontar a Primeira Ordem e Kylo Ren.

O livro, porém, diz que a experiência no espaço deixou sequelas. É bem provável que a LucasFilm use esse elemento para dizer que Leia morreu por decorrência da radiação solar e já iniciar o Episódio IX falecida, ou mesmo, para dar mais dramacidade, começar o longa com o enterro dela.

Outras revelações ditadas pelos leitores dizem respeito à heroína Rey perceber por meio da conexão mental pela Força que estabelece com Kylo Ren que este tem “sentimentos” por ela. Também que o Supremo Líder Snoke – o comandante máximo da Primeira Ordem – tinha planos secretos de fazê-la sua nova discípula – ao contrário do que é explicitado no filme, pois Snoke tenta matá-la.

Por fim, o texto também diria que no momento em que Luke entrega seu espírito para morrer na ilha, quando começa a esvanecer, o Mestre Jedi ouviria uma “voz familiar”. Que voz é essa? A maioria aposta em Obi-Wan Kenobi, que foi seu mestre e o primeiro Jedi a conseguir transpor a morte e se tornar algo que os fãs chamam de “fantasma da Força”, ou seja, continuam, de algum modo, vivos na Força e podem ser evocados por Jedi experientes ou mesmo se projetarem como um tipo de holograma para dialogarem com pessoas. É este recurso – ou uma variação dele – que Luke usa para criar uma imagem de si mesmo a uma galáxia de distância na batalha de Crait, mesmo ainda estando vivo.
Na Trilogia Clássica, Obi-Wan morre – na verdade, se deixa abater por Darth Vader – já em Uma Nova Esperança; mas continua a se comunicar com Luke, que ouve sua voz em vários momentos tanto em Star Wars – Episódio V: O Império Contra Ataca quanto em Star Wars – Episódio VI: O Retorno de Jedi, inclusive, aparecendo visualmente neste último. Interpretado por Alec Guinness (que morreu em 2000) na Trilogia Clássica, ganhou uma versão mais jovem na Trilogia Prelúdio (1999; 2002; 2005), que mostrava eventos passados entre 30 e 20 anos antes da Trilogia Clássica, agora interpretado por Ewan McGregor. A voz de Obi-Wan diz uma frase – metade dela com a voz de Guinness e metade com a de McGregor – para Rey em O Despertar da Força.
Com a aparição de Yoda em Os Últimos Jedi, os fãs guardam a expectativa de que Ewan McGregor possa fazer a versão “fantasma da Força” de Obi-Wan (sua idade atual permite se equivalar a Guinness) no Episódio IX, algo que pode mesmo acontecer, pois está agendado um filme solo centrado em Obi-Wan e mostrando o que ele fez nos 20 anos que separam os Episódios III (da Trilogia Prelúdio) e IV (da Trilogia Clássica), e que deve ser estrelado por McGregor e estrear em 2020.
Faz sentido usarem este fim para a Leia e ficaria menos “overpower”, já que muitos reclamaram.
Só uma correção: nos filmes, por ordem de lançamento, Obi-wan foi o primeiro “fantasma da força”, contudo, cronologicamente o primeiro foi Qui-gon. Logo no fim do episódio 3, Yoda chama Obi-wan e diz que passará um treinamento, que provavelmente é o de se tornar fantasma da força, e diz que “um amigo” voltou do além, confirmando ser Qui-gon.
Outra correção, que acredito que passou batido na hora de escrever, e que muitos podem dar chilique. (XD) é Almirante Holdo, com L.
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Olá, Daniel, tudo bem?
Cara, eu estava ciente da referência ao Qui-Gon, mas não citei deliberadamente, porque nunca o vimos nos filmes depois disso. Mas valeu mesmo o toque. É interessante que os leitores tenham essa informação.
Quanto à Holdo você tem toda razão… rsrsrs…
Um abração!
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