A nova Liga da Justiça de Johns e Lee.

Pelo menos em termos estritamente comerciais, a reformulação cronológica da DC Comics, chamada The New 52, é um grande sucesso. Todas as 52 novas revistas lançadas entre o fim de agosto e o fim de setembro (incluindo aqueles que nem saíram ainda) tiveram sua primeira tiragem esgotada. Isso acontece porque o esquema de vendas de revistas em quadrinhos nos EUA é pautado em solicitações de leitores às comic shops. Esse fato deve fazer com que a editora ultrapasse a rival Marvel Comics como a líder do mercado, fato que aconteceu pela última vez no início deste ano.

Além disso, três das novas revistas ultrapassaram a tiragem de 200 mil cópias, o que é um fenômeno raro. As campeãs são Justice League 01, de Geoff Johns e Jim Lee; Action Comics 01, de Grant Morrison e Rags Morales; e Batman 01, de Scott Snyder e Greg Capullo, dedicadas respectivamente à Liga da Justiça, Superman e Batman.

Nos últimos anos, apenas o relançamento anterior da Liga da Justiça – Justice League 01, de 2006, nas mãos de Brad Meltzer e do desenhista brasileiro Ed Benes – e a revista especial do Homem-Aranha que trouxe uma participação do (na época) recém-eleito presidente Barack Obama, em 2008, atigiram tal marca.

A nova “Batman 01” é a mais nova adesão ao clube das 200 mil cópias.

Na nova empreitada da DC, outras 10 revistas ultrapassaram as vendas de 100 mil unidades, o que também é um feito importante. São os novos números 01 de Aquaman, Batgirl, Batman & Robin, Batman: The Dark Knight, Detective Comics, Flash, Green Lantern e Superman.

Em termos de conteúdo, as novas revistas são desiguais. Há momentos muito bons, outros medianos e outros ruins, não seguindo exatamente a ordem das vendas. O maior sucesso até agora, Justice League 01, não foi uma história excepcional. Por isso, as fontes afirmam que a DC já se preocupa em manter as boas vendas nos próximos meses, levando em consideração não apenas o sucesso de vendas, mas as críticas e resenhas lançadas na internet, para avaliar o que está funcionando e o que não está.

Os próximos dois meses serão decisivos dos rumos da DC e do mercado de quadrinhos como um todo.