The Strokes: de volta ao topo com o álbum "Angles".

The Strokes, a principal banda de rock da primeira década do século XXI, está de volta com o álbum Angles, lançado em março. O lançamento causou muita espectativa porque a banda estava em hiato há cinco anos.

A carreira meteórica do grupo começou em 2001, quando lançaram o EP Modern Age de forma independente. Em seguida, veio a fama via internet, contratos milionários com gravadoras, a consolidação como “a cara” do rock dos anos 2000, a influência decisiva na cena musical do período, muitas turnês e o lançamento de seus três álbuns: Is This It (2001), Rooms of Fire (2003) e First Impressions of Earth (2006). Depois, a banda anunciou uma pausa por tempo indeterminado e somente agora, em 2011, lança seu quarto disco.

No intermédio, quatro de seus cinco membros lançaram trabalhos solo, com destaque aos do vocalista Julian Casablancas e o do baterista Fabrizio Moretti, que montou a banda Little Joy com o ex-Los Hermanos Rodrigo Amarante.

Em entrevista à Folha Ilustrada, o guitarrista Albert Hammond Jr. falou sobre a gravação e o lançamento do novo disco. Veja alguns trechos:

“Os fãs parecem muito felizes pelo que tenho visto em shows e no Twitter. Da crítica, eu vi de tudo. Alguns acham incrível, o melhor que já fizemos. É muito animador lançar um novo álbum.

Nós encontramos forças diferentes em nós mesmos. Descobrimos coisas que queríamos tentar na banda e, ao voltarmos, isso nos ajudou a ter um novo olhar sobre as coisas. É uma coisa boa, ajuda a colocar as coisas sob perspectiva. Às vezes, quando você está no meio de tudo, você não sabe realmente onde está. (…) E quando você sai do círculo, consegue ver de fora dele. E quando você volta ao círculo, tem uma visão do todo.

As coisas não ficaram mais fáceis ou mais difíceis. São coisas que acontecem na vida. Não é como se eu estivesse em casa só fumando muita maconha ou cheirando muita cocaína. Não era isso. Era uma escolha entre a vida ou a morte, entende? Eu precisava fazer alguma coisa por mim, não tinha nada a ver com a gravação do disco. Se eles quisessem gravar o disco sem mim, não acho que teria problema, mas acredito que, se esperamos tanto tempo para isso, qual seria a diferença em esperar um pouco mais?

Temos material que não entrou nesse disco. Vamos começar a trabalhar em algumas músicas novas entre os shows. Mas queremos fazer tudo devagar, por que quando você começa muito rápido, não dá pra diminuir o ritmo. Queremos conseguir fazer shows e trabalhar em músicas novas, mas ainda estamos aprendendo a fazer isso”.

A entrevista termina com Hammond Jr. afirmando que a banda provavelmente vem ao Brasil este ano.