
Após meses de especulação – e expectativa – finalmente chegou às bancas ontem a nova revista Jutice League 01, de Geoff Johns e Jim Lee, o pontapé inicial do reboot da DC, ou seja, a reformulação cronológica dos personagens da editora, chamada de relaunch (relançamento, em vez de reboot, reinício), mas cujo o nome oficial é The New 52, em referência às novas 52 revistas da DC Comics. O restante dos lançamentos se dará ao longo do mês de setembro.
Críticos e fãs trataram de dar uma olhada no novo material, a nova origem da Liga da Justiça, cujo preview de cinco páginas foi divulgado anteriormente pelo HQRock. A ideia geral é que a história contada por Johns e Lee é rasa e superficial: uma mera apresentação dos personagens. E nem de todos, pois apenas Batman, Lanterna Verde, Ciborgue e Superman aparecem no primeiro número. As próximas edições devem trazer Mulher-Maravilha, Flash e Aquaman.

Quem teve acesso à revista afirma que o roteiro de Johns se foca na estrutura dos blockbusters de cinema, com muita ação, diálogos “espertos” e superficialidade em tudo. O site brasileiro Omelete faz uma consideração interessante, de que a leitura da revista inteira não dura mais do que cinco minutos, enquanto que o Multiverso DC acrescenta que a arte de Lee só impressiona quem não a conhece há 20 anos, pois está até inferior do que o artista de origem coreana costuma apresentar. A impressão geral é de que a arte é “apressada” (Lee não é famoso por sua velocidade).
Por isso mesmo, ambos os sites se questionam se esta nova revista (e estilo?) iria realmente atrair um público novo, acostumado com videogames e mangás. É realmente algo a considerar.
É curioso observar que as opiniões e as reservas quanto à nova edição são compartilhadas pelos fãs brasileiros que comentaram ambas as postagens. Mas o sucesso pelo menos do primeiro número está garantido, pois já foram reservadas mais de 200 mil unidades (muito para o mercado norteamericano em geral) e uma nova reimpressão teve que ser realizada pela DC para abastecer as lojas. E ainda tem as vendas digitais que se iniciam na semana que vem.
A edição 01 da nova Liga da Justiça está disponível (em português!) na íntegra no site ActionseComics, da qual o HQRock é parceiro.

Além disso, o Multiverso DC republicou as impressões que sites como Newsarama e Comics Alliance tiveram ao ler outras revistas do The New 52 que ainda são inéditas. Segundo os críticos, o grande destaque é a nova Action Comics 01, de Grant Morrison e Rags Morales. A interpretação contemporânea de um Superman ainda jovem e sem seus poderes totalmente desenvolvidos e que é marcadamente um “homem do povo”, “protetor dos oprimidos”, exatamente como era quando criado originalmente por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, é muito bem vindo e traz a marca de profundidade típica dos roteiros de Morrison.
Os críticos ainda deram destaque a Demon Knights, uma revista de fantasia que se passa na Idade Média escrita por Paul Cornell e desenhada pelos brasileiros Diógenes Neves e Oclair Albert, que são bastante elogiados por sua arte peculiar. O Comics Alliance classifica a revista como a segunda melhor de todo o reboot, atrás apenas de Action Comics.

Também receberam elogios Batwoman com a arte fantástica de J.H. Williams III; Static Shock (c0nhecido como Super Choque no Brasil), que traz leveza e humor ao reboot; Batgirl com um drama sobre a heroína que era paralítica e que descobre que pode andar novamente, escrita por Gail Simone, escritora que conhece a fundo a personagem; Stormwatch, com a estreia do grupo de heróis originalmente criados na editora Image Comics, que ganharam o amor dos críticos com suas histórias adultas e realistas escritas por Warren Ellis e Mark Millar e, agora, são incluídos dentro da continuidade da DC Comics por Paul Cornell e Miguel Sepulveda; Swamp Thing, a volta do Monstro do Pântano (que teve uma fase exepcional nos anos 1980 nas mãos de Alan Moore) à continuidade do Universo DC; OMAC, numa bela homenagem ao seu criador, Jack Kirby; e Deathstroke, nova revista estrelada pelo vilão chamado no Brasil de Exterminador, que tem um bom desenvolvimento do personagem e a elogiada arte do também brasileiro Joe Bennett.
Por outro lado, os sites não ficaram muito impressionados com a nova Green Arrow 01, a revista do Arqueiro Verde. Ainda escrito por J.K. Trul (que cuidava da revista antes) e com uma boa arte nas mãos da dupla Dan Jurgens e George Perez, a trama rende potencial, mas ainda não se desenvolveu.


nossa q legal. eles pegaram o fato da historia piada mortal e a integraram no novo universo DC.legal isso.agora…para nós q temos mais de 30 anos…como será encarar esse novo universo com novos conceitos entre os personagens?pra mim nao q va ficar dificil….mas acho q nao sera e talvez nunca acontecerá o fato de eu abandonar tudo q ja li do universo classico e achar q agora esse é melhor. com eu li….a intençao é para atingir o novo publico mais jovem.eu ate acho que o antigo universo DC tava ja tao confuso e enrolado que eles acabaram em decidir por esse caminho inedito e revolucionario.agora só falta a MARVEL dá reboot no x-men e em outros hqs seus.ai ai…se isso acontecer eu paro de ler de uma evz por todas gibis. gostei d amateria em Irapuan.
ps- quando q isso chega ao Brasil?
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Olá, Biano, a Panini ainda não se manifestou sobre isso, mas se seguir o ritmo atual, deve sair no ano que vem aqui no Brasil. Porém, tendo em vista que é a modificação da cronologia corrente, se o reboot for mesmo um sucesso nos EUA é bem possível a Panini aproveitar e dar uma acelerada para publicar esse material mais cedo. Quem sabe?
E eu espero que a Marvel não entre nessa…
Um abração!
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