
A nova edição da revista Empire Magazine traz uma matéria sobre Homem de Ferro 3, fecho da primeira trilogia do “vingador dourado” publicado pela Marvel Comics, e levado aos cinemas pelo Marvel Studios, e uma entrevista com Kevin Feige, o presidente do Marvel Studios.
Como já havia dito a um jornal da Austrália, Feige está preocupado em mostrar que Homem de Ferro 3 não é necessariamente mais sério ou dramático do que os anteriores, porém, traz uma abordagem nova sobre Tony Stark (Robert Downey Jr.), especificamente, sobre os impactos que eventos como os mostrados em Os Vingadores – no qual Stark precisa unir forças a Thor e Hulk e combater uma invasão alienígena em Nova York – podem ter sobre a psiquê de um homem como ele.
À Empire, Feige diz:
Tudo é sobre como ele foi afetado pelos eventos de Os Vingadores e como seu mundo e sua mente pode ter sido afetadas por isso. No fim de Os Vingadores, quando um portal é aberto sobre Manhattan e ele encontra-se com Thor e Hulk e os Chitauri vindo para cima dele, ele percebe que não sabe de tudo. Achamos que isso teve um impacto em sua psiquê e, então, seu mundo explode aos seus pés.
Contudo, apesar dessa conexão temática, nenhum dos outros membros dos Vingadores (nem Nick Fury) aparecerão no filme, garante Feige:
Homem de Ferro 3 não traz nenhum dos outros Vingadores ou Nick Fury andando por aí. Nem aquele conceito de mundo-compartilhado que a Fase 1 dos filmes [do Marvel Studios] tiveram. (…) Estamos mostrando de novo que esses personagens são interessantes tato sozinhos quanto juntos.

Esse comentário, portanto, confirma as suspeitas de que isso não ocorreria, tendo em vista que nenhum nome do elenco do outro filme fora vinculado até agora.
Por fim, Feige comenta várias coisas, dentre as quais que o terceiro filme terá muito mais cenas de ação com a armadura do que os dois anteriores, mas também, terá mais cenas de Tony Stark do que os demais. Também explicou porque o Máquina de Combate virou agora o Patriota de Ferro – no filme, há uma ideia de que usar as cores da bandeira é uma boa estratégia (o que é uma clara referência ao Capitão América) – e da escolha do Mandarim como o vilão do filme:

Os tratamentos do início – e os últimos – de Homem de Ferro 1 traziam o Mandarim como um vilão. O Mandarim é o mais famoso dos inimigos vindos dos quadrinhos, principalmente porque é o mais longevo. Se você olhar, não há necessariamente uma história definitiva com o Mandarim. Então, é realmente mais sobre a ideia. Nunca tivemos interessados nos termos estereotipados de Fu Manchu que estavam envolvidos [nas histórias antigas]. Pense no que acontece com a casa de Tony [o trailer mostra ela sendo bombardeada por helicópteros, destruída e naufragando no mar]. Nenhum outro vilão seria hábil para atacar rápido e duro algum dos nossos heróis. É muito sobre que o mundo precisa aprender e ele quer impor ao mundo sua visão.
De fato, bem observado: não há uma grande história do Homem de Ferro com o Mandarim. Talvez a exceção mais próxima seja o arco escrito por John Byrne e desenhado por Paul Ryan nos anos 1990 (saiba mais clicando aqui, no dossiê do HQRock sobre o Homem de Ferro). Mas a ideia do Mandarim como seu arquivilão sempre prevaleceu. Como ele se sairá nos cinemas?
Veja um especial sobre o Mandarim no blog Jetstortopia de nosso amigo Jorge Storace, clicando aqui.

Produzido pela Disney Company e pelo Marvel Studios, Homem de Ferro 3 foi escrito pelo britânico Drew Pearce (da série No Heroics) e é dirigido por Shane Black (Maquina Mortífera, Beijos e Tiros). As filmagens já iniciaram, no Estado da Carolina do Norte, nos EUA, mas também haverá gravações na China. O elenco traz novamente Robert Downey Jr. (Tony Stark), Don Cheadle (James Rhodes/ Patriota de Ferro), Gwynelt Paltrow (Pepper Potts), Jon Favreau (Happy Hogan), mais os novatos Ben Kingsley (Mandarim), Guy Pearce (Aldrich Killian), Rebecca Hall (Maya Hansen), Wang Xueqi (Chen Lu/ Homem-Radioativo), James Badge Dale (Eric Savin/Coldblood), Ashley Hamilton (Jack Taggert/Poder de Fogo), William Sadler (papel não-revelado) e Dale Dickey (Miss Davis). Rumores escalam as atrizes chinesas Fan Bingbing e Yang Mi, como a esposa e a filha do personagem de Xueqi. A estreia está marcada para 03 de maio de 2013, mas no Brasil o filme pode ser lançado antes, em 26 de abril. O longametragem funcionará como uma sequência de Os Vingadores e dá início à Fase 2 do Universo Marvel nos Cinemas, que envolverá outros filmes e culminará em Os Vingadores 2 em 2015.
O Homem de Ferro foi criado por Stan Lee, Jack Kirby e Don Heck em 1963, na revista Tales of Suspense 39, e desde então é publicado pela Marvel Comics. O personagem é membro fundador dos Vingadores.


De fato Irapuan, se tivesse que escolher tb ficaria c/ A Saga da Semente do Dragão como o melhor arco de estórias c/ o Mandarim, a qual serviu de inspiração p/ o final da 2a temporada animada do HF nos 90s. John Byrne e Paul Ryan estavam bem inspirados e o arco foi desenvolvido num crescendo lento e envolvente (já a partir da etapa anterior desenhada pelo Romita Jr), acho até que se segurava sozinho como argumento cinematografico s/ necessitar de muito mais…
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É verdade, Jorge.
É como conversamos outra vez, o Homem de Ferro teve uma sequência inacreditável de boas histórias entre o fim dos anos 1970 e o início dos anos 1990.
A Semente do Dragão com certeza é uma delas.
E acho que é a única que faz jus à ideia-conceito do Mandarim.
Teve uma história um pouco antes – pela memória na fase do Micheline e do Guice – que não foi tão boa.
Você lembra de alguma outra grande história do Mandarim?
Um abração!
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Não, Irapuan… dei até uma revisada e o que encontrei fo que em Tales of Suspence #50 (1a aparição no estilo sub-Fumanchu), #55 e #62 (origem do vilão, ao qual Byrne foi surpreendentemente fiel, anos depois) a trama se resolve sempre rapidamente em batalhas que o HF é aprisionado, escapa de várias armadilhas e dá o troco no mano-a-mano (todos por Lee/Heck). Já em TS #s 76-78 (arte de Colan) a briga é por procuração pois o Mandarim libera Ultimo, o que gera grandes cenas de ação mas um fiapo de estória. Já Iron Man #s 9-11 (Goodwin/Tuska) traz uma estória mais elaborada onde o Mandarim c/ ajuda de um fake Hulk tenta desmascarar Stark (numa típica trama das antigas onde a tensão maior é a ameaça à identidade secreta). Pula-se p/ IM #s 68-71 onde ele não só nem é o vilão principal como é “morto” pelo Garra Amarela (apesar disso um dos meus arcos preferidos por razões nostágicas), apenas para ressurgir em IM #s 98-100 (Mantlo/Tuska) em outro típico mano-a-mano (bem conduzido, no entanto). Depois disso só mesmo o arco que vc citou (Michelinie/Layton #s 241-243) trazendo infelizmente o argumento mais fraco até então (o Mandarim força o HF a ter uma batalha entre eles televisionada (!) só p/ ser derrotado vergonhosamente, é claro). Após isso vem o arco do Byrne/Ryan (IM #s 270-275) que, ao fazer uma releitura da origem do personagem finalmente dá a densidade e gravidade necessárias p/ um vilão desse porte.
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Puxa, Jorge, isso foi um verdadeiro post!
Concordo totalmente.
Um abração!
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Tem razão, Irapuan, hehe… e essa é uma boa idéia, vou preparar algo sobre o tema lá no blog, depois te aviso.. abs!
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Irapuan, consegui terminar a 1a parte da matéria dedicada ao Mandarim inspirada nas nossas conversas aqui no HQRock: http://jetstor.wordpress.com/2012/12/07/homem-de-ferro-versus-mandarim-confrontos-parte-1-de-3/ Qdo puder dê uma lida, vc está devidamente creditado lá, hehe… Abs!
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Massa, Jorge, já estou lendo!
Tá muito legal! Valeu!
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Vou por um link lá na matéria…
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Valeu pela citação Irapuan! Partes 2 e 3 já estão no forno e devem confirmar que Byrne fez mesmo um excelente trabalho com o personagem. Gande abraço!
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