
O site Bleeding Cool trouxe hoje a triste confirmação de que o Universo Marvel, o universo ficcional dos personagens publicados pela Marvel Comics, terá mesmo o seu fim em 2015, conforme rumores alertavam desde o ano passado. A notícia parece indicar que a Marvel irá fazer um reboot de seu universo, assim como sua concorrente DC Comics realizou há pouco mais de três anos.
O grande episódio ocorrerá em meio à saga Secret Wars (Guerras Secretas), que é uma releitura de uma outra com o mesmo título, que foi publicada em 1984. Segundo o site, a nova saga mostrará uma colisão entre o Universo Marvel tradicional (aquele que segue a cronologia dos personagens desde 1961 até hoje) e o Universo Ultimate (com versões mais “modernas” dos mesmos personagens, publicado desde 2000). Ao fim da saga teremos um novo Universo Marvel.

O que isso representa em termos de mudanças efetivas aos personagens ainda não está claro. Um dos comentários mais fortes é que, no novo universo, Peter Parker e Miles Morales compartilharão o mesmo universo, então, ambos serão o Homem-Aranha!
(Para os não iniciados: há alguns anos atrás, no Universo Ultimate, a versão “moderninha” de Peter Parker morreu em meio a uma batalha e foi substituído por Miles Morales, que passou a ser o novo Homem-Aranha. No Universo Marvel tradicional, Parker permanece como o aracnídeo normalmente).
Outro aspecto relacionado à nova Secret Wars é que surgirão várias outras velhas sagas da Marvel como releituras, tal qual Guerra das Armaduras e Hulk Contra o Mundo.
A Marvel Comics mantinha a mesma linha cronológica desde 1961, quando do lançamento da revista Fantastic Four 01, que deu partida à então nova linha de revistas e personagens da editora, que apresentaria Homem-Aranha, Thor, Hulk, Homem de Ferro, Vingadores e X-Men. Eram personagens novos, criados em sua maioria pelo escritor Stan Lee e seus colaboradores desenhistas Jack Kirby, Don Heck, Steve Ditko e alguns outros.

Em menor medida, alguns personagens mais antigos da Marvel, como o Namor, o príncipe submarino, e o Capitão América, criados em 1939 e 1941, respectivamente, também foram trazidos de volta e inseridos nesse universo.
O fato de manter uma mesma linha cronológica desde então, deu fama de universo ficcional mais coeso à Marvel, ao contrário de sua maior concorrente DC Comics (que publica Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde etc.), cujos personagens remetem ao fim dos anos 1930 e início dos 1940 e, desde os anos 1960, instituiu o conceito de Multiverso, ou seja, vários universos ficcionais distintos que criam ligações (dimensionais?) entre si.
O confuso aspecto de várias realidades alternativas convivendo lado a lado em meio aos seus personagens obrigou à DC Comics realizar vários reboots ao longo do tempo, começando com a Crise nas Infinitas Terras, em 1985; e prosseguindo com várias outras, como Zero Hora, Crise Infinita e a mais recente Os Novos 52, iniciada em agosto de 2011.
A Marvel nunca havia recorrido à estratégia do reboot e sempre lidou com suas incongruências cronológicas de modo criativo e pontual.
Não está claro que direcionamento a Marvel tomará e nem qual o impacto da fusão dos universos tradicional e Ultimate, por isso, teremos que esperar por mais detalhes.
Mas uma coisa pode-se esperar: a Marvel irá aproximar suas versões em papel daquelas já consagradas nos cinemas. Fique atento!








É, Irapuan… estamos velhos e obsoletos para as novas pretensões da indústria dos quadrinhos. Mesmo que gastemos muito dinheiro comprando encadernados de luxo, caríssimos, para nossas amadas coleções (a garotada não tem grana para essas publicações)
O cinema trouxe uma nova geração de fãs e são eles que dão à Casa das Ideias os maiores ganhos. Se há alguns anos a Marvel estava quase fechando as portas, hoje ela é (por pouco, mas é) aquela que comanda a venda de quadrinhos nos EUA.
Um público jovem que nunca tinha lido “gibis” (era assim que chamávamos as HQs, lembra?), não tinha ideia de quem eram os Vingadores ou jamais pensariam em personagens como Rocket Raccoon, Groot, Drax ou Star-Lord. Mesmo que tenham décadas de existência.
E, veja você, aquele Star-Lord, aventureiro espacial, naquelas revistas com páginas em preto e branco, com histórias mais maduras; ou ainda, nas sagas cósmicas mais recentes, como Aniquilação, ou a divertida série “Os Guardiões da Galáxia”, de Dan Abnett e Andy Lanning, tornou-se, por causa do cinema, um herói no estilo “Crepúsculo” ou “Smallville”, com namoricos (com Kitty Pryde, dos X-Men) dignos de “Glee”, “Barrados no Baile” ou “As patricinhas de Beverly Hills” .
Se fôssemos comparar o que fizeram com Star-Lord e o mundo do rock n’ roll… poderíamos dizer que: trocaram Bruce Dickinson por Justin Bieber; Ozzy Osbourne por justin timberlake; Janis Joplin por Katy Perry; Rita Lee por Vanessa Camargo… feitos para um público específico, mais pop… com direito a muita tela verde dos cinemas…
Enfim… é aguardar… a última vez em que a Marvel tentou zerar seus heróis, tivemos Heróis Renascem… anos 90… tão na moda agora na Marvel…
Velhos, meu amigo… estamos velhos… para nós… só nos restam os encadernados de luxo… são eles que nos brindam com histórias de um tempo em que quadrinhos ainda era subestimado pelo cinema… restritos às bancas de revistas ou sebos… quando ainda eram chamados de… gibis.
abração!
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Oi, Lucy,
Pois é, compartilho com você esses sentimentos. É por coisas desse tipo que só acompanho as HQs atuais (ainda mais as mensais) por causa do blog mesmo, porque é duro ver o que a Marvel está fazendo com seus personagens.
Como sou muito crítico, na verdade, está acontecendo exatamente o que eu já sabia que ia ocorrer: a Marvel irá aproximar as HQs do cinema. E me lembro de um debate em uma Comic-Con entre dois editores da DC e da Marvel sobre o lançamento do Universo Ultimate e lembro claramente que o editor da DC disse ao da Marvel que eles teriam problemas com isso e, um dia, os dois universos iriam se encontrar e seriam fundidos em um só; e o da Marvel falou “isso não vai acontecer”. Mas na quele momento, eu já sabia que ia.
Na verdade, apesar de adorar os aspectos da cronologia, entendo que a cronologia é o maior problema dos quadrinhos atuais. Ela torna impossível o acesso aos leitores mais jovens. Por isso, acho que a solução das editoras seria investir mais em histórias independentes da cronologia. Acredito que é relativamente simples criar história que tragam os personagens, que retratem suas origens e, ainda assim, não precisem trazer de volta 75 anos de cronologia para serem entendidos.
Mas é incrível como há resistência a isso. Assim, nesse ritmo, as editoras vão promover reboots a cada década para aliviar aos leitores mais jovens e, ainda assim, não vão resolver, porque mesmo os reboots mantêm a maioria dos elementos da cronologia antiga e o ciclo segue se repetindo.
É uma pena…
Por fim, para terminar, aprendi uma coisa desde que comecei a escrever o blog: cada leitor constrói sua cronologia dos personagens e o “seu” personagem é aquele que leu em seus anos formativos. Assim, quem leu o Batman dos anos 1970 ou o Superman pós-crise esses são os seus Superman e Batman. É muito mais difícil criar empatia com as versões posteriores, especialmente, quando são muito mexidas.
É por isso que, para mim, o Homem-Aranha sempre será o do Stan Lee e Gerry Conway. Por mais que eu goste do material dos anos 1980 – Roger Stern, Tom DeFalco, Conway de novo… (que para mim todo esse material é uma progressão natural de Lee e os anos 1970) – e tenha lido o personagem nas décadas posteriores, o Homem-Aranha para mim é aquele. Não o do Dan Slot.
Um abração!
PS: Espero que a galera leia esses comentários e opine também.
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Concordo plenamente com os comentários.
Hoje mais do que nunca, talvez devido a compra da Marvel pela Disney, o objetivo principal dos nossos heróis, é para fazer grandes filmes, com bilheterias bilionárias, que convenhamos, gera um retorno financeiro, para Disney, bem mais rápido e maior do que com vendas de HQs (ou gibis, como era chamando no meu tempo também).
É algo complexo e muito complicado mesmo, essa questão da cronologia, principalmente uma tão longa como a da Marvel, e dificulta os novos leitores.
Eu mesmo, que quando criança, comprava os “gibis” da abril na década de 80, em formatinho, deixei de ler na década de 90, e quando voltei a acompanhar, fiquei completamente perdido. Eram tantas sagas e eventos que tive que montar uma planilha com os principais eventos, para poder ler os encadernados que estava comprando.
Pois, quando pegava um para ler, descobria que o Capitão América, não era mais Steve Rogers, mas em um outro encadernado já era novamente Steve Rogers, por exemplo. Essa coisa da Marvel de ficar matando personagens, para algum tempo depois reviver o cara, só para vender revistas, torna tudo mais difícil.
Então criar histórias que não envolvam tantos fatos cronológicos antigos e relevantes, seria na minha opinião também uma forma mais sensata e menos confusa que resolver o problema.
Mas o dinheiro é quem manda, e se está vendendo, seja filmes ou HQs, eles não vão ligar se tiver que sacrificar alguma coisa para vender ainda mais.
E infelizmente o que esta sendo sacrificado é a qualidade das histórias.
O que na minha opinião, é uma pena, mas é uma realidade.
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Você tem toda a razão, Antônio José! E o que me preocupa seriamente é o futuro do mercado de HQs. Porque essas “mudanças” vendem revistas, mas apenas por alguns meses, depois, volta tudo ao nível (baixo) de antes.
Esse ciclo é danoso ao mercado. Essa história já foi escrita: ela aconteceu nos anos 1990. E o que aconteceu? O mercado implodiu, a Marvel pediu concordata em 1997!
Hoje, a Marvel não fecharia – porque é uma marca forte em outras mídias (como o cinema) – mas o mercado de HQs pode diminuir muito ou até mesmo acabar.
Isso é preocupante.
Um grande abraço!
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Ahh, Irapuan, infelizmente eu fui levada a parar de ler o Homem-Aranha. A forma como Dan Slott vem conduzindo o personagem não me faz identificar com ele em nada.
Veja só, você disse que se identifica com o Aranha dos anos 70. Eu passei a gostar do Homem-Aranha dos anos 60 e 70 por causa da extinta Teia do Aranha da Editora Abril. Mas também gostei do teioso nos anos 80 e, mesmo com a novela da Saga do Clone, eu gostei de várias histórias dos anos 90.
Para mim, após a entrada do aracnídeo nos Vingadores as coisas foram se perdendo cada vez mais. Outra coisa que mudou o direcionamento das histórias foi a escolha do Straczynski de introduzir totens e explicações sobrenaturais para o poder do personagem, até então com uma origem puramente científica. Se antes, a Madame Teia era O elemento sobrenatural das histórias do Aranha, a partir dos anos 2000 tornou-se regra.
Sem falar nas polêmicas histórias deste autor, como “Pecados Pretéritos” e “Um dia a mais”.
E Dan Slott está a manter esses argumentos totêmicos.
O sucesso “Superior Spider-Man” fez com que eu desistisse definitivamente do Homem-Aranha (fico com as versões antigas). Veja bem, um Peter Parker que foi sendo cada vez mais imbecilizado por Slott, acabou sendo substituído por um assassino, terrorista, torturador, que, usando o traje do personagem mais carismático e de maior apelo entre os jovens leitores da Marvel, mata friamente um bandido já desarmado… quão Superior!!! ahh, o poder das palavras e das imagens…a repetição… você é sociólogo… sabem bem do que eu digo.
E mais… constrói-se o tempo todo que o velho Peter (suburbano, trabalhador, com contas a pagar, fotógrafo, professor, honesto, bom) é um idiota, um fracassado, e Otto Octavius é Superior… afinal, ele eliminou bandidos (bandido bom é bandido morto, não é?), controlou com rigor a população, e ainda construiu uma indústria, ganhou dinheiro, ficou rico! Viva! É o protótipo de um típico liberal defensor de penas de morte e execuções sumárias dos que forem inconvenientes ao seu mundo perfeito… tsc… enfim…
Até onde sei, o retorno de Peter Parker não mudou muita coisa. Histórias fracas, sem a preocupação de inspirar jovens leitores a serem mais humanos, responsáveis, honrados, bons filhos e amigáveis.
Atualmente, uma saga qualquer eleva até a nona potência os argumentos totêmicos… ao que parece, com a mesma fórmula adotada pela Marvel nos últimos anos em suas intermináveis sagas… todo mundo luta com todo mundo, um cenário caótico, alguém morre, e pronto… completamente esquecível…
Mas, enfim, Peter Parker/Homem-Aranha sempre foi, para mim, o maior personagem das histórias em quadrinhos… não pelo poder, mas porque qualquer leitor podia se identificar com ele. Um cara comum, com problemas comuns… que poderia bem ser nosso vizinho, nosso primo, nosso amigo, nosso filho, ou nós mesmos… nenhum outro personagem mainstream era assim.
Hoje? Ele é só mais um. Perdeu o encanto… mas vende… muito! Por isso, as expectativas de mudança de direcionamento são, ao meu ver, quase nulas… ao menos pelos próximos anos….
Para encerrar… penso que, se fosse hoje, aquele menino que colecionava Homem-Aranha, e pouco antes de sua morte teve a honra de receber a visita de seu ídolo, não teria em sua coleção os recortes do teioso de agora… o herói que o inspirou tanto (e a tantos de nós) já não é o mesmo há muito tempo… ou, pelo menos, o mundo dele já não é mais o mesmo… totens, mulheres, indústrias, vingadores, atitudes “superioras”… essas são as bolas da vez…
abraços, e perdoe-me o desabafo…
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Oi, Lucy. Concordo em tudo com você.
Minha desilusão veio antes: com Straczynski! Eu entendo o ponto de vista dele. Me lembro de uma entrevista dele na época (antes ainda das histórias serem publicadas). Ele disse: “o Homem-Aranha cresceu nas histórias, mas não amadureceu”. Ele estava certo! Esse o ponto crítico da cronologia: se o tempo passa, o personagem precisa mudar. Peter Parker de Stan Lee era um adolescente. O de Gerry Conway um universitário. O de Roger Stern era um jovem adulto. Ele casou depois.
O tempo passa. Se é para manter a cronologia, não dá para ficar imitando Stan Lee. O personagem envelheceu (mesmo que só um pouquinho).
Mas a maneira como Stracynski fez isso… Minha nossa!! Para quê isso? Se o “acidente” que deu origem aos poderes de Peter parece inverosímel, uma origem mística é tão ruim quanto!
Transformar Gwen Stacy na maior vadia do universo Marvel? Isso é pior do que trazê-la de volta à vida! O que é aquilo? Bebês de Norman Osborn? De Norman Osborn!!!!
Não, não dá.
E ainda ficou pior depois, com Um Dia a Mais.
Até admito: Dan Slott criou algumas boas histórias pós-apagão do casamento – até coloquei na lista das melhores histórias do Aranha (!) para ter uma representação mais contemporânea – mas no âmbito geral a coisa toda foi muito ruim.
Não dá para ler o Aranha depois disso. Como blogueiro, eu acompanho a vida do teioso para poder noticiá-la aqui, mas não LEIO mais no sentido tradicional.
O Homem-Aranha de hoje não é o meu Homem-Aranha. O meu Homem-Aranha é aquele ao qual o jovem com câncer podia admirar. Ele lutava contra o Duende Verde original, contra o Octopus antes de estresse pós-traumático (lembra disso?), contra o Duende Macabro!!!!
O material clássico do Aranha é fabuloso, e também o é aquelas histórias dos anos 1980 e 90.
O de hoje? É Superior… (tom irônico), Bem no sentido que você descreveu.
Que pena.
Um abração!
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Em tempo… perdoe-me pelos erros de digitação. Esqueci-me de conferir antes de publicar…
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Bom pessoal, chegando um pouco atrasado na discussão mas ainda em tempo… fiquei pensando como foi essa transição para outras gerações… minha mãe era fã de Flash Gordon, Príncipe Valente, Nick Holmes e Namor, pegou portanto o início da Era de Ouro dos superheróis… ainda assiste indistintamente os filmes e séries da Marvel e da DC e gosta de uns e outros, mas seus olhos não brilham como qdo lembra da sua época, além do que nunca mais leu outras HQs de superheróis – ela não fez a transição nem para a Era de Prata, portanto… para ela heróis mesmo são aqueles da Era de Ouro!
Creio que a maioria de nós aqui na discussão pegou boa parte da Era de Prata e em cheio a Era de Bronze… além disso acompanhamos galhardamente muito mais adiante: Crise(s), Era(s) Sombria(s), Mortes e Renascimentos… mas concordo c/ vcs que está cada vez mais difícil acompanhar – especialmente ler HQs, como bem frisou o Irapuan.
Amigos fãs de HQ de geração bem mais nova falam/lêem “nossos” clássicos com reverência, porém muito mais como referência do que como paixão… acham que são obras seminais porém ingênuas, coloridas ou fantasiosas demais, como se o realismo não fosse tb uma fantasia – e das mais sem graça, aliás 🙂 Seus neurônios foram marcados indelevelmente pela prosa de Moore e Gaiman e pela arte de Miller e Gibbons qdo guris, ao passo que os nossos pela narrativa de O’Neil e Conway e pelo traço de Romita Sr e Garcia-Lopez, só para citar alguns…
Pois então o tempo mesmo passa, nós com ele e as narrativas que admiramos seguem junto… creio que a indústria só sobrevive como tal adaptando-se aos novos formatos e gerações, portanto celebremos o estilo e a arte que ainda nos toca fundo a alma pq a nós ela originalmente se dirigiu – somos seus melhores admiradores e tradutores – então sigamos procurando-a, ainda que escassa, enquanto pudermos…
Perdoem a longa digressão & abs a todos!
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Ótimo comentário, Jorge! Valeu!
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Já era de se esperar….. um reboot ! T_T
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Olá administrador da HqRock! Admiro muito seu site e estou tentando entender a cronologia do Homem-Aranha. Seu artigo sobre a cronologia dele me ajudou bastante. Aqui estão as 700 hqs dele online: http://hqcomicsonline.com.br/perfil/o-espetacular-homem-aranha
Aprendi bastante e têm várias sagas da Marvel parece quase impossível acompanhar. Vou gastar muito tempo mas vou ler o máximo q eu puder. Já q sua opinião é: “não gosto da nova Marvel”. O que você acha q ela deveria fazer nos quadrinhos? Comecei a acompanhar as hqs este ano e estou começando do início…
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Olá, Fábio,
Cara, o que eu acho que a Marvel (e a DC) deviam fazer era produzir boas histórias e ter menos preocupação cronológica.
Isso não quer dizer matar ou aniquilar a cronologia, apenas não ficar tão amarrado por ela. Ou melhor dizendo, criar histórias e situações que não forcem o leitor a ter que ter conhecimento cronológico prévio sobre o personagem, porque isso os torna muito difíceis de ler.
Como eles esperam atingir o grande público – aqueles que está conhecendo os personagens agora, por meio dos filmes – quando para ler uma história e entendê-la é preciso passar pelas 700 edições de Amazing Spider-Man e tudo o que ainda veio depois? É impossível.
Agora, você pode contar uma boa história do Homem-Aranha, situada no presente, que traga a essência do personagem e não precise ficar se autorreferenciando o tempo todo, de modo a forçar o conhecimento cronológico. Simplesmente contar uma boa história.
Enquanto não fizerem isso, as editoras não vão conseguir sair do nicho em que se encontram e explorar o grande público que vai hoje aos cinemas.
Um grande abraço!
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