
A primeira revista do Batman, Detective Comics, chegará ao milésimo número em março de 2019 e será um megalançamento da DC Comics. A publicação terá quase 100 páginas e contará com várias histórias especiais ilustradas e escritas por alguns dos maiores criadores do personagens dos últimos tempos, mais um ou outro clássico. Também haverá uma série de capas alternativas com grandes artistas. E a estreia nos quadrinhos do vilão Arkham Knight, o principal oponente do cavaleiro das trevas na série de videogames homônima que fez bastante sucesso.

A atração principal do volume especial será uma história escrita por Peter J. Tomasi e desenhada por Doug Mahnke que introduzirá o Arkham Knight no cânone dos quadrinhos do homem-morcego. A partir do jogo Arkham Asylum, o Batman precisa enfrentar uma rebelião no Asilo de Arkham e descobre que a mente por trás do levante é o Cavaleiro de Arkham, cuja identidade é um mistério.
SPOILERS à frente!

No fim das contas, o cavaleiro das trevas descobre que quem está por baixo da armadura é Jason Todd, aquele que foi o segundo Robin e foi morto pelo Coringa, mas depois, conseguiu retornar dos mortos e assumiu a identidade de Capuz Vermelho.
A DC também já revelou como será o visual do personagem nas HQs, nas duas imagens que você está vendo. Contudo, nada garante que nos quadrinhos o vilão terá a mesma identidade secreta. É possível haver uma pegadinha aí no ar.
Segue abaixo a lista de atrações do número mil:
- História Original dos criadores de Batman: Arkham Knight – Genesis, Peter J. Tomasi e Doug Mahnke, introduzindo no cânone o Arkham Knight;
- Imagem de duas páginas do artista Jason Fabok (Detective Comics), representando o status quo corrente dos quadrinhos do Batman;
- História Original do escritor (e cineasta) Kevin Smith (Batman: The Widening Gyre) e do artista Jim Lee (Batman: Hush, All Star Batman & Robin);
- História Original do escritor Brian Michael Bendis (Batman 100-page Giant) e do artista Alex Maleev (Batman: Road to No Man’s Land);
- História Original do escritor Warren Ellis (Planetary/Batman) e do artista Becky Cloonan (Batman: Court of Owls – Epilogue)
- História Original story do escritor Paul Dini e do artista Dustin Nguyen (Batman: Heart of Hush);
- Uma sequência para a clássica história de 1976, There’s No Hope in Crime Alley (Não há esperança no Beco do Crime) pelo escritor Dennis O’Neil e o artista Steve Epting;
- História Original do escritor Christopher Priest (Justice League: Tower of Babel) e do artista Neal Adams (Joker’s Five Way Revenge);
- História Original do escritor Geoff Johns (Batman: Earth One, Three Jokers) e do artista Kelley Jones (Batman: Knightfall, Endgame);
- História Original por Tom King (Grayson, Batman: The Wedding), Tony S. Daniel (Batman: Battle for the Cowl), e Joëlle Jones (Catwoman);
- História Original pelo escritor Scott Snyder e o artista Greg Capullo (Batman: Court of Owls, Death of the Family);
- História Original pelo escritor James Tynion IV (Batman Eternal, Detective Comics: Rebirth) e pelo artista Alvaro Martinez (Future’s End).
Entre as capas, a principal é uma capa dupla criada pelo célebre Jim Lee, que desenhou histórias como Hush/ Silêncio e a saga All-Star Batman, além de também ilustrar o homem-morcego na nova origem da Liga da Justiça em Os Novos 52, de 2011. Mas também há capas especiais – cada qual representando uma das décadas que o herói atravessou – feitas por grandes nomes dos quadrinhos, como Frank Miller, Tim Sale, Jim Steranko, Greg Capullo e muito mais.
O lançamento de DC Comics 1000 inicia oficialmente as comemorações dos 80 anos de publicação do Batman. Mas a altíssima numeração da revista também traz outras celebrações.

O que conhecemos hoje como DC Comics nasceu da aglomeração de várias editoras. A primeira delas foi a National Periodicals, cuja a estreia se deu justamente com a revista Detective Comics 01, de 1937, um ano antes da criação do Superman e mais de dois anos antes da estreia do Batman. Entre as outras editoras associadas, estava a All-America Comics, que publicaria as aventuras de Flash, Lanterna Verde e Mulher-Maravilha.
Todas essas editoras pertenciam a um conglomerado editorial que usava o nome National como marca, enquanto DC Comics era apenas um selo responsável pela revista Detective Comics, de onde vinha a sigla. Mas com o passar das décadas, o nome DC Comics prevaleceu.

Enquanto o Superman estreou em Action Comics 01, de 1938; o Batman foi criado em Detective Comics 27, de 1939.

A famosa capa de Detective Comics 69, por Jerry Robinson. 
Capa para Detective Comics do Batman. 
A estreia da Batwoman em 1956. 
Capuz Vermelho: história de Bill Finger. 

Capa de “Detective Comics 578” por McFarlane: arco Ano Dois. 
O Robin também foi criado por Finger. 
Batman, o cavaleiro das trevas. 
A estreia da Batgirl Barbara Gordon em “Detective Comics 359”, de 1967. 

Repare: a capa de “Detective Comics 36” ainda tem a marca visual de Bob Kane… 
A segunda capa de Batman, em “Detective Comics 29”, traz o primeiro vilão recorrente: o Dr. Morte.
Esta revista era do tipo antologia, ou seja, trazia histórias de vários personagens, mas o Batman fez tanto sucesso que passou a aparecer na capa em todos os números ímpares por um tempo, até assumir todas as capas. Com o passar de poucos anos, Detective Comics deixou de ser uma antologia e passou a publicar apenas histórias do homem-morcego, embora ela tenha voltado à sua vocação de trazer outras histórias secundárias de tempos em tempos, como ocorreu nos anos 1950.
Nos dias de hoje, a Detective Comics é a revista secundária do homem-morcego, enquanto a principal é Batman, que estreou em 1940, como uma revista de periodicidade quadrimestral e se manteve assim por alguns anos até virar uma revista mensal e pareada com Detective Comics. Mas aquela defasagem inicial faz sua numeração ser mais baixa do que a primeira.
Detective Comics 1000 terá 96 páginas, estará nas comics shops dos EUA por US$ 9,99 a partir de 27 de maio de 2019.









