
O HQRock já fez um post especial sobre os 75 anos do Superman! (Veja-o aqui).
Em 1938 foi publicada a primeira aventura do homem de aço, na revista Action Comics 01. A revista foi publicada nos EUA no mês de abril, embora ostente a data de junho em sua capa (isso porque a datação das revistas dos EUA se dá pelo recolhimento, não pelo lançamento, prática que se mantém até os dias de hoje).
Contudo, como é o mês de junho que está lá na capa da revista, merece mais comemorações este mês, não acham?
Para continuar a celebrar os 75 anos do primeiro dos super-heróis, o HQRock traz um post especial sobre as várias fases estéticas que o herói viveu em diferentes mídias, priorizando: a) nos quadrinhos as mudanças de uniforme (sim, elas existiram) e os artistas que marcaram o homem de aço; e b) os atores que viveram o último filho de Krypton no cinema, na TV e no teatro.
Vamos a elas? Para o alto e avante!
O Superman original

Quando criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, o Superman não era tão poderoso quanto se tornaria pouco tempo depois. Em suas primeiras aventuras, o homem de aço ainda não voava, apenas dava grandes saltos, e embora fosse à prova de balas, um tiro de morteiro poderia feri-lo.
Outro aspecto óbvio era o uniforme ligeiramente diferente do herói. A tonalidade do uniforme era mais escura (cheia de ranhuras do desenhista), as botas eram sapatilhas presas por tiras e o icônico símbolo do “s” ainda não era icônico, apenas um triângulo de bordas amarelas.
O visual padrão

A mudança de visual veio até rápida. A capa de Superman 01, de 1939, já traz um herói bem mais próximo do visual que nos acostumamos a ver. Seu uniforme foi ligeiramente reformulado para lhe dar um ar mais heróico. Mas o “s” ainda não é o dos dias de hoje.
A concepção visual de Joe Shuster era a de um homem maduro, de queixo quadrado e um pequeno topete formando um “pega rapaz” no topo da testa. Não precisa dizer que essa representação visual se manteve em todas as outras interpretações seguintes.


Na medida em que outros desenhistas passaram a trabalhar ao lado de Joe Shuster, como Wayne Boring e Fred Ray, o visual do homem de aço passou a ser mais elegante, como se pode ver nas capas das edições 05 e 09 de Superman, de 1940 e 1941, respectivamente, com arte de Boring e Ray, respectivamente.
Mas o símbolo do Superman tal qual é hoje, como um pentágono com lados desiguais, só se consolidou mesmo lá no final de 1943, como ilustra essa capa de Superman 17, por Wayne Boring, que se tornou o principal desenhista do herói no restante da Era de Ouro dos Quadrinhos.

Por uma questão estética, não houve qualquer modificação no visual do Superman na passagem para a Era de Prata. O estilo de Wayne Boring continuou sendo o padrão do personagem, ilustrando um período de grande sucesso do homem de aço e de consolidação de sua cronologia clássica e de seu cânone.
Além dos artistas já citados, na Era de Prata, alguns outros tiveram destaque, como Curt Swan, Al Plastino, Jack Burnley e Dick Sprang. Infelizmente, a abordagem por “padrão” da DC Comics da época dava pouco espaço para os artistas manterem manifestações pessoais ou acrescentar estilos próprios. A intenção era mesmo fazer todos parecem um artista só, o que nos privou da possibilidade de admirar os estilos de cada um.



Era de Bronze
A concorrência com a Marvel Comics se fez sentir no fim dos anos 1960 e a DC Comics precisou dar uma sacudida em seus personagens. O Superman, claro, era a ponta de lança da editora.
Assim, o Superman passou por uma pequena reformulação em 1970, quando os antigos colaboradores de suas revistas foram afastados em favor de uma nova geração de escritores, liderada por Dennis O’Neil e Elliot S. Maggin, ambos na casa dos 20 e poucos anos.
O desenhista Neal Adams, famoso por uma abordagem mais realista e elaborada, concebeu uma visualização mais épica do Superman, que foi adotada como padrão a partir de então. Adams não era um artista muito rápido e como já desenhava as histórias do Batman e da dupla Lanterna Verde & Arqueiro Verde, ficou responsável basicamente “apenas” pelas (belíssimas) capas das revistas do homem de aço.

O desenhista Curt Swan já vinha desenhando o Superman há vinte anos, mas naquele momento, se tornou o principal artista do personagem dentro das revistas, imprimindo um herói mais dinâmico e com ares de maduro. Seu parceiro maior era o artefinalista Murphy Anderson, que acrescentava camadas de ranhuras na bela arte de Swan, lhe dando mais solidez.

Mas outros artistas também se destacaram ao longo dos anos 1970, como Ross Andru (também famoso por retratar o Homem-Aranha na concorrente Marvel Comics), José Garcia-Lopes e Eduardo Barreto.
Também não se pode deixar de citar o mestre Jack Kirby (cocriador do concorrente Universo Marvel, com Stan Lee), que migrou para a DC Comics em 1970 e desenhou uma das revistas mensais do Superman, aquela focada no personagem Jimmy Olsen. Ali, Kirby trouxe seu estilo agressivo e a concepção de todo um novo universo de personagens, os Novos Deuses, da qual o maior destaque foi o vilão Darkseid.



O início da fase final da Era de Bronze é marcada pela arte expressiva de Gil Kane, que ia um pouco além da representação padrão do personagem e foi o responsável pelos novos visuais de Lex Luthor (com sua armadura) e Brainiac (tornando-se mais robótico).

George Perez marcou o Superman ao desenhá-lo na maxissérie Crise nas Infinitas Terras, megaevento (cronológico e editorial) que apagou a velha cronologia do herói e deu início a uma nova.
Nova origem, nova cronologia
A DC Comics decidiu renovar totalmente seus heróis em meados dos anos 1980, para se livrar de uma crise comercial. Deu muito certo e o Superman se beneficiou bastante disso.

O escritor e desenhista John Byrne assumiu o Superman em 1986, em sequência à Crise nas Infinitas Terras, sendo o responsável por criar uma nova origem ao personagem e estruturar sua nova cronologia. A minissérie Superman: Homem de Aço, foi um sucesso absoluto, trazendo um herói um pouco menos superpoderoso, mais humano. Além disso, Clark Kent deixou de ser um repórter atrapalhado para ser um ex-campeão de futebol americano que disputa o título de melhor repórter do Planeta Diário com Lois Lane.

Em termos visuais, apesar da arte belíssima de John Byrne, seu Superman apenas mantém o padrão de Neal Adams/ Curt Swan.
Era Sombria e experimentações

Os anos 1990 deram lugar à Era Sombria dos quadrinhos, com uma retratação mais dark dos super-heróis e mais violência. Além disso, no caso específico do Superman, também foi um período de experimentação, inclusive, com o uso de visuais alternativos do herói.

Primeiramente, tivemos a manutenção do status quo criado por John Byrne, na qual artistas como Dan Jurgens mantinham o visual padrão icônico do personagem.
Além de Jurgens – o principal artista (e também escritor) do personagem no início dos anos 1990 – também tiveram destaque outros desenhistas de estilo similar, como Jerry Ordway e Jackson Guice. Essa fase se manteve mais ou menos até a megassaga A Morte do Superman, de 1992, na qual o homem de aço é “morto” pelo vilão Doomsday (Apocalipse, no Brasil).

Porém, em seguida, o Superman retorna dos mortos, na saga O Retorno do Superman, de 1993. A fase coincide com uma pequena mudança estética: o herói passou a ostentar cabelos mais longos, talvez, numa tentativa de deixá-lo mais “moderno”. Usando mullets, o herói só conseguiu ficar extremamente marcado com o visual típico do início dos anos 1990.


A estreia do novo penteado se deu no momento em que o último filho de Krypton, ainda sem todos os seus poderes, acorda na Fortaleza da Solidão e volta para combater um vilão terrível, o Superciborgue. Nesta ocasião, o herói usa um uniforme diferente, totalmente preto. Mas logo voltou a usar o velho uniforme vermelho e azul. Apesar dos cabelos longos trazerem sérios problemas para a identidade de Clark Kent, o Superman permaneceu alguns anos sendo desenhado com o infame mullet. Enquanto o homem de aço ostentava-os soltos e bem cumpridos, Clark passava gel e os usava mais comportados.
Paralelamente, houve o uso de vários artistas diferentes, com estilos de traços distintos, trazendo novas maneiras de representar o homem de aço. Dentre os principais estavam Tom Grummet, Jon Bogadove, Tim Sale e Ed McGuinness.



Também não se pode deixar de falar no visual do Superman dos desenhos animados que a Warner produziu a partir do fim dos anos 1990, com concepção visual de Bruce Timm. Apesar de Superman – The Animated Series não ter sido um supersucesso como tinha sido a série do Batman, anteriormente, o estúdio acertou a mão ao uni-los todos em Liga da Justiça – A Série Animada, que estreou em 2001 e fez muito sucesso, gerando vários derivados e longametragens para o mercado doméstico. Por isso, o Superman de Bruce Timm é muito lembrado na mente do público para além dos quadrinhos.

Marcou esse período, também, a arte pintada à óleo de Alex Ross, com uma representação clássica, madura e icônica do Superman em uma série de obras especiais, como Superman: Paz na Terra, O Reino do Amanhã, Superman: Para Sempre e Justiça.

No fim da década, a DC Comics experimentou uma mudança radical no visual do herói, em uma história maluca na qual o Superman se divide em dois seres diferentes, um vermelho, outro azul. Contudo, tudo voltou ao normal em 1998, para a comemoração dos 60 anos do último filho de Krypton nos quadrinhos.

Nos anos 2000, uma nova onda de artistas passou pelas revistas do homem de aço e podemos dar destaque a três desenhistas brasileiros que tiveram bastante destaque desenhando o herói: Ed Benes, Renato Guedes e Eddy Barrows, dois dos principais artistas do período.


Nos últimos anos daquela década, houve a preocupação de trazer de volta o aspecto “clássico” do Superman, o que se reflete na arte estilizada de Frank Quitely na maxissérie All Star Superman e, principalmente, no traço realista do britânico Gary Frank, que procurou retratar o homem de aço com o rosto do ator Christopher Reeve, que o interpretou na série de filmes dos anos 1970 e 1980.


Em 2011, a DC Comics promoveu uma grande mudança editorial e cronológica, a maior desde Crise nas Infinitas Terras. O novo evento, chamado de Os Novos 52, afetou principalmente o Superman, que ganhou nova origem e novo visual. Na nova cronologia da editora, os super-heróis só surgiram há cinco anos e, portanto, são bem jovens. Clark Kent começou a agir como o Superman como um tipo de “campeão dos pobres”, sem usar um uniforme propriamente dito, apenas ostentando o símbolo do “s” e sua capa. Somente após algum tempo, passa a usar uma armadura kryptoniana, com a qual salva o mundo de um ataque de Brainiac e se torna, então, querido pela população.

Além do aspecto metálico da nova roupa, a grande mudança é que pela primeira vez oficialmente, o Superman perdeu a “sunga por cima da calça” que marcou seu visual desde sempre. O novo Superman é mais jovem, mais impetuoso e tem um visual um pouco mais ameaçador, como se nota nas artes de Jim Lee, Jesus Marino e Nicola Scott.
Nos filmes
Desde o início, o Superman foi um grande astro de outras mídias, fazendo sucesso no cinema, na TV, no rádio, nas tiras de jornais, nos desenhos animados e até em um musical na Broadway. Vamos conhecer as principais encarnações live action do homem de aço!

Kirk Alyn foi o primeiro a representá-lo, em dois seriados para o cinema no fim dos anos 1940. A primeira adaptação em live action do personagem ocorreu em 1948, quando um seriado chamado apenas Superman com 15 episódios para os cinemas foi produzido, tendo Noel Neill como Lois Lane. O seriado não fez tanto sucesso, porque havia uma grande decepção quanto ao fato dos vôos do homem de aço. Como não existia tecnologia suficiente, o ator era substituído por uma animação, um efeito ruim até para a época.


Ainda assim, dois anos depois, o Superman ganhou outro seriado para o cinema, também com 15 episódios, chamado Atom Man vs Superman, novamente com Allyn e Neill. Nos episódios, um misterioso vilão chamado Atom Man chantageava uma cidade com uma ameaça nuclear, até o Superman descobrir que o criminoso não era outro senão Lex Luthor, em sua primeira adaptação às telas.

Em 1951, o homem de aço ganhou o seu primeiro longametragem no cinema:Superman vs the Mole Men. Agora, o homem de aço era vivido por George Reeves e Lois Lane por Phyllies Coates. Melhor sucedido dessa vez, em parte pelo carisma de Reeves, o filme serviu como um trampolim para a primeira série de TV do personagem: Adventures of Superman trouxe novamente Reeves e Coates, bem como um universo mais ampliado do personagem, como Jack Larson como Jimmy Olsen e John Hamilton como Perry White.

A série estreou em 1952 e foi um grande sucesso, principalmente com o público infantil. Contudo, a atriz Phyllies Coates se afastou do programa depois da primeira temporada e Noel Neill voltou a interpretar Lois Lane. As duas primeiras temporadas foram em preto e branco, mas da terceira à sexta foram gravadas em cores. A audiência abaixou um pouco no decorrer dos anos e George Reeves começou a ficar velho e gordo para o papel, além de expressar seu desencanto em não conseguir outros papeis em Hollywood porque não era levado à sério.
O ator terminou morrendo em 1959, num aparente suicídio, embora algumas evidências também apontem para homicídio.


Em 1966, foi lançado um musical na Broadway com o título de It’s a bird? It’s a plane? It’s Superman!, na qual o homem de aço era interpretado por Bob Holliday. Contudo, o musical foi um fracasso de público e não teve sequer uma temporada completa.
A peça, contudo, foi adaptada como um musical para a TV em 1975, com o “herói” interpretado por David Wilson, naquela que, com certeza, é a mais tosca adaptação oficial do personagem em todos os tempos!

Ainda bem que pouco tempo depois estreou o megaclássico Superman – O Filme, em 1978, com Christopher Reeve como Superman, Margot Kidder como Lois Lane, Gene Hackman como Lex Luthor e a lenda do cinema Marlon Brando como Jor-El.

Dosando o aspecto clássico com seriedade e toques de humor, o filme agradou a todos os públicos e foi uma das maiores bilheterias de todos os tempos há época. O diretor Richard Donner acertou a mão e seu longa virou uma referência de entretenimento.

Planejado inicialmente como dois filmes, a produção concomitante foi interrompida para que a primeira parte pudesse ser lançada em 1978, nos 40 anos de aniversário do personagem. Muita coisa para a segunda parte já havia sido filmada e a produção foi retomada em seguida, contudo, com outro diretor: Richard Lester, já que Donner não se entendeu com os produtores.

Superman II – A Aventura Continua saiu em 1980, mantendo Reeve e Kidder e tendo a icônica interpretação de Terence Stamp como o vilão General Zod. Havia muitos problemas, contudo: Marlon Brando havia gravado cenas para o filme na primeira vez, mas não autorizou o uso das imagens, por causa da troca de diretor, o que obrigou-se a mudar a essência do filme (a relação pai e filho e as consequências na vingança de Zod contra Jor-El), fazendo com que algumas cenas perdessem o sentido. Ou perdessem força. Além disso, Gene Hackman também recusou-se a voltar a interpretar Lex Luthor pelo mesmo motivo. E Luthor teria uma participação importante. Neste caso, Richard Lester simplesmente usou as cenas que Hackman gravou com Donner e o vilão permanece no filme.
Em 2006, foi lançada em DVD uma versão alternativa de Superman II, a partir da concepção original de Richard Donner para o filme. Nesta “nova” versão aparecem pela primeira vez as imagens de Jor-El (Marlon Brando) e Superman em torno da opção de abrir mão de seus poderes e a consequente vingança de Zod, o que dá muito mais força ao filme como um todo. Menos humorístico do que a versão de 1980, o Superman II de Donner termina sendo muito melhor do que o Superman II de Lester.
Infelizmente, o direcionamento da franquia permaneceu sob a visão de Lester e Superman III e Superman IV – Em Busca da Paz, lançados em 1983 e 1987, respectivamente, são filmes horrorosos, destruindo uma franquia tão promissora em seu início.


Caindo em desgraça no cinema, o Superman ainda voltou à TV, quando no fim dos anos 1980 se produz uma série do Superboy, a versão adolescente do herói (apagada da cronologia dos quadrinhos em Crise das Infinitas Terras). Embora não tenha sido um grande sucesso, a série, que estreou em 1989, não foi de todo má. Curiosamente, num caso raro, o papel do protagonista mudou de mãos no meio do programa: John Heymes Newton na primeira temporada e Gerard Christopher da segunda em diante. Superboy teve 4 temporadas e mais de 100 episódios.

Não demorou muito e o herói retornou a TV. Em 1992 estreava Lois & Clark – As Novas Aventuras do Superman, série que fez um enorme sucesso em suas duas primeiras temporadas. Criando uma versão moderna e sexy da relação entre o casal de repórteres, foi estrelada por Dean Cain e Teri Hatcher. A maior inovação da série foi tirar a tônica do homem de aço – e da ação e dos caros efeitos especiais – para a relação por vezes cômica entre Lois e Clark, o que agradou bastante o público não acostumado com os quadrinhos, particularmente o feminino.

Além do triângulo amoroso virtual entre Lois Lane, Clark Kent e o Superman, havia outro mais concreto: uma tensão sexual palpável entre Lois e Lex Luthor, vivido pelo charmoso John Shea, numa versão não-calva do vilão. Contudo, a audiência esfriou com o passar do tempo e a série foi cancelada na 4ª temporada.

Enquanto não voltava ao cinema, parecia que a TV seria mesmo a casa do Superman. Em 2001, estreou outra série baseada no personagem. Smallville tinha uma proposta totalmente diferente: mostrar a juventude de Clark Kent antes de se tornar o homem de aço que todos conhecemos. Assim, o foco era num adolescente de 15 anos que ia descobrindo seus poderes e suas origens, protagonizada por Tom Welling. O Episódio Piloto foi um estouro absoluto, com uma audiência de 8 milhões de telespectadores, um recorde.

Smallville polarizou a relação entre os jovens Clark Kent e Lex Luthor, vivido por Michael Rosenbaum, que se tornam grandes amigos; mas a paranoia e o ambiente familiar destrutivo comandado por seu maligno pai – Lionel Luthor, vivido por John Glover – tornavam o jovem Lex cada vez mais sombrio e obcecado com o que parecia um “grande segredo” em torno de Clark. E era mesmo! A série tinha ainda Kristin Kreuk numa versão morena de Lana Lang e criou uma nova personagem que fez bastante sucesso entre os fãs: Chloe Sullivan, vivida por Allison Mack, uma colega de Clark na escola, com grande vocação para o jornalismo e que terminará sendo revelada como prima de Lois Lane, que terminaria, enfim, sendo introduzida na série na quarta temporada, vivida por Erica Durance.

Smallville manteve altas audiências em suas três primeiras temporadas, mas o sucesso começou a decair da 4ª em diante. Em contrapartida, o seriado foi gradativamente perdendo a climatização adolescente do início em prol da mais ampla adaptação do Universo DC em outra mídia, com a introdução de dezenas de personagens daquele universo, culminando com o surgimento da Liga da Justiça na 6ª temporada, formada por versões jovens dos heróis Superman, Arqueiro Verde (vivido por Justin Hartley, que virou personagem fixo), Aquaman, Flash e Ciborgue. Em seguida, vieram vários outros heróis, como Supergirl, Canário Negro e Caçador de Marte fizeram participações regulares.
Várias organizações do Universo DC também apareceram, como Laboratório Cadmus, Esquadrão Suicida, Cheque-Mate, juntamente com seus personagens de apoio. A Legião dos Super-Heróis apareceu duas vezes e até a Sociedade da Justiça completa ganhou uma versão em um episódio.
Entre os vilões, além do tradicional Lex Luthor (que infelizmente, desapareceu após a 7ª temporada, voltando apenas para o episódio final) , vários grandes inimigos do Superman foram usados, como Brainiac, Zod (em duas versões), Darkseid, Bizarro, Mestre dos Brinquedos, Metallo e até o monstro Apocalipse.

Por fim, Smallville encerrou-se em 2011 na 10ª temporada e 218 episódios, sendo o mais longevo seriado de ficção científica da TV norteamericana. No último capítulo, como todos já esperavam, Clark Kent se torna o Superman, dando início à sua carreira heróica propriamente dita.

Durante a produção de Smallville, o Superman voltou aos cinemas em uma versão paralela. Superman – O Retorno chegou em 2006, dirigido por Bryan Singer (da franquia X-Men da Marvel) e estrelado por Brandon Routh. O filme causou grande sensação antes do lançamento, porque funcionava como uma sequência direta dos antigos filmes, mantendo o estilo clássico, a trilha sonora de John Williams e até o ator Marlon Brando como Jor-El. Neste caso, como a lenda do cinema já havia falecido, sua família autorizou o uso de imagens e falas do ator gravadas para o filme de 1978 que foram adaptados para uma “nova” encarnação.

Como a aparição de Jor-El na Fortaleza da Solidão é meio espectral – inclusive nos filmes antigos – foi possível fazer uma versão em computação gráfica de Marlon Brando e usar sua voz verdadeira, num efeito muito bonito e emocionante aos fãs da antiga série.
O vilão do filme foi Lex Luthor, agora interpretado pelo premiado a apreciado Kevin Spacey. Sua interpretação, apesar de mais sombria, mantém ecos da encarnação anterior de Gene Hackman.
O Retorno, entretanto, não foi bem nas bilheterias. Talvez não fosse um filme para a nova geração: é lento, não há um oponente físico ao herói e muito calcado na nostalgia. Com o resultado das bilheterias, a Warner decidiu simplesmente deixar para lá o herói e fazer um reboot no futuro breve.

O reboot vem agora, com Superman – O Homem de Aço, com tudo novo: nova ambientação, nova origem, nova trilha sonora, novo status.
Com produção de Christopher Nolan e roteiro de David S. Goyer (a mesma dupla da vitoriosíssima trilogia Cavaleiro das Trevas, do Batman) e direção de Zack Snyder (de 300 e Watchmen), O Homem de Aço traz Henry Cavill como Clark Kent, o primeiro ator britânico a ficar com o papel. Ao seu lado, um elenco estrelar com Amy Adams (Lois Lane), Laurence Fishburne (Perry White), Kevin Costner (Jonathan Kent), Diane Lane (Martha Kent), Michael Shannon (General Zod), Antje Traue (Faora), Ayelet Zurer (Lara-El), Russell Crowe (Jor-El), Christopher Meloni (Coronel Hardy) e Harry Lennix (General Swanwick). Na trama se mostrará o início da carreira do herói em uma nova ambientação mais moderna e realista. A trama mostrará Clark Kent rememorando sua infância e adolescência enquanto procura descobrir quem é e qual a origem de seus poderes, mas tudo é acelerado quando a Terra é atacada pelo vilão General Zod, que por também ser kryptoniano, tem os seus mesmos poderes.
Quem sabe agora o Superman não consegue se fixar em uma franquia vitoriosa no cinema tal qual seu parceiro Batman ou seus concorrentes da Marvel Comics? Parece que agora vai…
E você, amigo leitor? Qual a sua opinião?
Quem é o melhor desenhista do Superman?
Qual ator melhor o representou nas telas?
Responda nos comentários!
Superman foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938 e desde então é publicado pela DC Comics.


Eunão sei se Cavill vai marcar tanto quanto Reeve na pele do Super. Só espero que ele tenha feito uma boa atuação. E a matéria ficou show! Parabéns!
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Obrigado, Kyo.
Pelo que já vi do trabalho de Cavill em outras obras, acho que ele vai dar conta do papel, sim. O que vejo nos trailers me deixa mais animado: o cara parece absolutamente confortável no papel. Veja por exemplo a cena do interrogatório com Lois Lane.
Talvez ninguém jamais seja como Christopher Reeve, que É O SUPERMAN, mas é importante para o futuro que novos atores consigam encarná-lo com competência e mantê-lo vivo no cinema.
Valeu pelos elogios!
Um abração!
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Como eu disse la em cima na outra materia,o site nao é meia boca. ele tenta entreter o fã e o nao fã de quadrinhos e filmes de uma maneira q hoje sites de Renomes algum faz mais.vc vai la no fundo da historia para mostrar o maximo possivel de como poder atualizar e mostrar o universo de personagens de comics para muitos q nem sabiam de certas coisas. e ao mesmo tempo chega a par dos tempos do agora para mostrar como e de q maneira caminhou certo personagem(no caso dessa materia o SUPER-HOMEM)e como ele caiu na cultura mundial. infelizmente materias dedicadas como a sua praticamente nao existem mais em tais sites q se dizem abordar esses assuntos. esses sites passam a noticia e nao uma materia profunda. por isso q eu ja te disse q seu site é UNDERGROUND pois foge dessas regras imbecis de q materias de envolvem esses assuntos nao precisam ser profundas e sim rasas e só. parabens novamente Peixoto pq eu entro em lugares onde eu nem sabia sobre os super herois mesmo eu sendo e sabendo muita coisa do assunto,aqui sempre fico sabendo de algo mais atraves do seu site. valeu e q o HQROCK alcance ainda mais fãs e admiradores do entretenimento q todos nós adoramos.
🙂
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John byrne, sem dúvidas!! Seu traco é lindo, limpo; sem muitas sombras e excesso de informações nos desenhos. Um verdadeiro michelangelo dos quadrinhos. Cristopher reeves forever superman. Simplesmente, o melhor.
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hq rock lembrei dessa postagem vendo agora a foto do superman precisamente a que ele retorna dos mortos com novo visual
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