O diretor José Padilha: cotado para Wolverine.

As espectativas sobre o segundo filme solo de Wolverine, chamado oficialmente de The Wolverine pela 20th Century Fox, era grande, pois a direção caberia ao cultuado Darren Aronofsky (de A Fonte da Vida e Cisne Negro).

No entanto, um enorme balde de água fria molhou tudo quando o diretor anunciou que não cuidaria mais da produção.

Serve de consolo o fato do roteiro ser de Christopher McQuerrie (Operação Valquíria) e dele se basear na clássica história Dívida de Honra, escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller. Disponível no Brasil em um encadernado da editora Panini chamado Eu, Wolverine, a trama mostra o herói mutante indo ao Japão em busca de sua amada, Mariko Yashida, apenas para descobrir que ela é filha do maior gangster do país, dono de um império de crimes e que não julga Logan digno de desposar a filha. O HQRock já divulgou um pequeno post sobre ela.

O Wolverine de Hugh Jackman: sequência tem que ser melhor do que o predecessor para não encerrar franquia.

Agora, a Fox procura por um substituto à altura. Estavam cotados David Slade e Ducan Jones, mas o primeiro já está trabalhando no reinício da franquia do Demolidor e o segundo parece fora do páreo.

Nesses dias, vazou uma lista de diretores que estão recebendo convites para conversar com a Fox e o astro e produtor Hugh Jackman. Os nomes são Antoine Fuqua, Doug Liman, Justin Lin, James Mangold, Gavin O’Connor, Mark Romanek e Gary Shore, além do brasileiro José Padilha, de Tropa de Elite 1 e 2.

Padilha está nas graças de Hollywood por causa de seus filmes sobre o Coronel Nascimento, mas não deve ficar com o filme. O diretor brasileiro já está desenvolvendo um projeto chamado The Tri-Border (A Tríplice Fronteira) sobre o tráfico internacional na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, financiado por ele mesmo e com roteiro de Jason Kellen e Nick Schenk (este, de Gran Torino, o filme de Clint Eastwood).

Também chamada de "A Saga do Japão" ou "Dívida de Honra", "Eu, Wolverine" é a melhor das histórias da personagem.

Além disso, ele também cuida do reinício da franquia de Robocop para a MGM.

O imediatismo da Fox deve esbarrar nessa agenda cheia. Mas a lista só mostra como alguns diretores brasileiros – dentre os quais Walter Salles Jr. e Fernando Meireles – estão mesmo com a bola toda no mercado internacional. Bom para o cinema nacional, bom para o Brasil.