Na última quinta-feira, 24 de abril, estreou em Liverpool, na Inglaterra, a peça de teatro Lennon’s Banjo, que trata sobre o primeiro instrumento musical de John Lennon, líder e fundador dos Beatles e um dos compositores mais famosos e influentes do século XX. A obra estreou no Epstein Theatre e está sendo bastante elogiada pela crítica, diz o site da uDiscover Music.
O Reino Unido tem uma tradição fortíssima de teatro e um circuito efervescente de peças e musicais não só na capital Londres, mas em outros grandes centros, como Liverpool, que fica no norte da Inglaterra. Lennon’s Banjo é escrita por Rob Fannah e tem direção de Mark Heller e é baseada no livro Julia’s Banjo, de Rob Fannah e Helen A. Jones.
A trama traz uma comédia dramática na qual há uma investigação para tentar descobrir onde foi parar o banjo do título, o instrumento que Julia (Spencer) Lennon, a mãe de John, ensinou o filho de 15 anos a tocar suas primeiras canções. Somente após aprender os rudimentos do banjo, é que Lennon ganhou seu primeiro violão, com o qual fundaria sua primeira banda, ainda em 1956, The Quarrymen, conjunto musical que se desenvolveria nos anos seguintes para se tornar os Beatles em 1960 e chegar às gravações de discos dois anos depois.
O primeiro violão de Lennon está exposto no museu The Beatles Story em Liverpool, mas a história do banjo é um pouco mais complexa, pois o instrumento desapareceu após a trágica morte de Julia Lennon em 1958, atropelada por um motorista bêbado em frente à casa da irmã.
Na trama, o guia de turismo sobre Beatles Barry Seddon (vivido por Eric Potts) encontra uma carta escrita por John Lennon que traz uma pista do paradeiro do banjo. Mas a busca chama a atenção do negociante texano Travis Lawson (Danny O’Brien) que quer a relíquia sem preço. A peça tem patrocínio da Beatles Story, da Beatles Shop, do Hard Day’s Night Hotel e do the Cavern Club, que compõem o circuito turístico de Liverpool acerca dos Beatles.
A crítica elogiou bastante a história e a atuação do elenco. Inclusive, o ex-membro dos Beatles, o baterista Pete Best (que tocou com o grupo antes da fama, entre 1960 e 1962, antes de ser substituído por Ringo Starr) estreou como ator vivendo ele mesmo na peça, participando das apresentações do dia 24 e 25 e programado para retornar na apresentação final da obra, no dia 05 de maio.
Daí em diante, dependendo do sucesso, a peça pode continuar em cartaz ou migrar para outros circuitos, como o de Londres.
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John Winston Lennon nasceu em Liverpool, em 1940, filho de Alfred Lennon e Julia Spencer. Seus pais se separaram cedo e enquanto Julia casou com outro homem e constituiu outra família, John foi criado pela Tia Mimi, irmã de sua mãe. De relação tensa e distante, inicialmente, Lennon e sua mãe se reaproximaram na adolescência do filho, quando o interesse por música criou uma conexão inédita entre mãe e filho. Julia tocava banjo e ensinou as primeiras canções para Lennon naquele instrumento. Depois, sua tia o presenteou com um violão e o rapaz já fundou a sua primeira banda, que resultaria nos Beatles anos mais tarde. Julia Lennon, porém, morreria atropelada em 1958, um fato traumático que pesou bastante na personalidade do músico dali em diante.
Os Beatles gravaram seu primeiro disco em 1962 e em menos de um ano já eram um fenômeno de sucesso na Europa, chegando aos EUA e ao resto do mundo em 1964, em meio à histeria da beatlemania. A banda se provou sofisticada e inventiva, conquistando os críticos também e revolucionando a música popular nos anos 1960, por meio de obras como Revolver (1966), Sgt. Peppers (1967) e Abbey Road (1969). O grupo se desfez em 1970 e Lennon partiu para uma carreira solo, onde também conseguiu sucesso de público e crítica até ser assassinado por um fã com distúrbios mentais na porta de sua casa em Nova York, nos EUA, em 1980.
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