O The New York Times divulgou esta semana os detalhes de um caso que corre na Justiça Britânica entre os ex-membros da banda The Police sobre o pagamento de direitos das canções no meio digital. O guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland estão processando o baixista e vocalista Sting – cujo nome real é Gordon Sumner – exigindo o pagamento de pelo menos 2 milhões de dólares em “taxas de arranjo” atrasadas, geradas pela execução de hits como Every breath you take nas plataformas de streaming, como o Spotify.

Surgido em 1977 e encerrando as atividades em 1983, o trio fez um sucesso enorme na época e legou canções que até hoje tocam bastante no rádio e cativam o público nos streamings, como Every breath you take, Message in the bottle, Roxanne ou Every little thing she does is magic. A banda tem uma audiência de 35 milhões de ouvintes mensais no Spotify, sendo os artistas 127º mais ouvidos do mundo atualmente, uma posição muito, muito alta para um artista de rock do passado. A título de comparação, Beatles, Rolling Stones e Pink Floyd estão nas posições 149, 212 e 270.
Segundo o jornal, o trio fez um acordo verbal em 1977 para que Summers e Copeland recebessem 15% de royalties das canções, já que Sting clama a autoria solo de todos os grandes hits do The Police. O acordo foi formalizado em 1981, dois anos antes do fim das atividades “oficiais” da banda, que se reuniu algumas vezes depois para gravações ou turnês, incluindo uma grande turnê mundial em 2008. O acordo foi revisto em 1997, quando Summers e Copeland afirmaram que estavam sendo mal pagos por um largo período de tempo, e de novo, em 2016, quando a dupla exigiu pagamentos não realizados pela utilização das canções para TV e cinema.

No novo processo, Summers e Copeland afirmam que não estão sendo pagos pela exploração das canções nas mídias digitais, algo que aparentemente não estava previsto no acordo anterior, ao passo que os advogados de Sting dizem que o compositor pagou o que lhes é devido e não lhes deve nada.
O TNYT conversou com um representante da Suprema Corte britânica que afirmou que uma audiência foi agendada para janeiro do ano que vem sobre o caso, mas os advogados de Sting ou Summers e Copeland não responderam à reportagem.

