Uma das bandas mais representativas do rock no fim de século, o Nirvana continua gerando fascínio e, por isso, ganhará um novo álbum de vinil ao vivo e uma nova biografia. Live at The Paramount ganhará versão dupla em LP, enquanto o ex-empresário Danny Goldberg lança uma biografia do grupo.
Live at The Paramount é uma das apresentações mais icônicas do Nirvana, captada no Paramount Theatre, em sua terra natal, a cidade de Seattle, no estado de Washington, exatamente no momento em que Kurt Cobain e Cia. galgavam o estrelato e deixavam de ser uma banda alternativa. Ocorreu em 31 de outubro de 1991, na época do lançamento de Nevermind, segundo álbum do Nirvana, que virou um fenômeno de vendas.
O show foi filmado em 16mm e gerou imagens para o videoclipe de Lithium, quando da época de Nevermind. Nas comemorações de 20 anos do disco, o show foi lançado em vídeo, em 2011, em DVD e blu-ray. Mas agora, será um vinil duplo, com encarte e uma réplica do ingresso do concerto, e chega às lojas no dia 05 de abril próximo.
O set list é:
- “Jesus Doesn’t Want Me for a Sunbeam” (The Vaselines cover) 5:48
- “Aneurysm” 5:05
- “Drain You” 5:16
- “School” 2:57
- “Floyd the Barber” 2:21
- “Smells Like Teen Spirit” 6:58
- “About a Girl” 3:02
- “Polly” 3:04
- “Breed” 2:54
- “Sliver” 2:18
- “Love Buzz” (Shocking Blue cover) 4:01
- “Lithium” 6:02
- “Been a Son” 2:41
- “Negative Creep” 3:00
- “On a Plain” 4:09
- “Blew” 3:00
Encore:
17. “Rape Me” (early version) 3:04
18. “Territorial Pissings” (intro from the song “Get Together”, spoken by Krist Novoselic) 8:05
19. “Endless, Nameless” 7:39
Além do disco, no mesmo período será lançado Serving the Servant: Remembering Kut Cobain, uma biografia do líder do Nirvana escrita por Danny Goldberg, que foi um dos empresários de turnê da banda, entre 1990 e 1994. Além das próprias memórias, Goldberg também entrevistou a mulher do guitarrista, Courtney Love e o baixista Krist Novoselic.
O livro chega às lojas dos EUA em 02 de abril.
Ambos os lançamentos estão alinhados com a comemoração dos 25 anos de morte de Kurt Cobain, que se suicidou em sua casa, em 05 de abril de 1994, pondo fim ao Nirvana.
Cobain fundara o Nirvana em 1985 ao lado do baixista Krist Novoselic e, após um início vacilante, a banda decolou e conseguiu gravar seu álbum de estreia em 1989, chamando a atenção no circuito alternativo de rock dos EUA em meio ao movimento hardcore de Seattle, que ficou conhecido como Movimento Grunge, e revelou, além do Nirvana, as bandas Pearl Jam e Soundgarden.
Enquanto o prestígio do grupo crescia, ampliado por terem conseguido um baterista fixo figura de Dave Grohl, o segundo álbum, Nevermind, de 1991, foi lançado por uma grande gravadora, a Geffen Records, e se tornou um fenômeno de vendas e um dos maiores sucessos da década.
Porém, a fama potencializou os problemas de Cobain, que teve uma infância terrível, abandonado pelos pais e criado por outros parentes, e terminou se afundando nas drogas, em especial na heroína, da qual se viciou e não conseguiu largar.
Na última turnê do Nirvana, em 1993 e 1994, Cobain chegou a ter duas overdoses e a segunda foi tão grave que a excursão foi cancelada. De volta a Seattle, o guitarrista se internou em uma clínica de reabilitação, mas fugiu de lá, foi para casa e se suicidou.
O Nirvana terminou e Novoselic se afastou dos holofotes, se dedicando à política em Seattle, enquanto Grohl trocou a bateria pela guitarra e fundou o Foo Fighters, em 1995, que segue até hoje como um dos grupos mais populares de rock dos EUA.