
Batman detém hoje a maior franquia cinematográfica entre todos os personagens vindos dos quadrinhos, não somente em sucesso e qualidade, mas também em números: até hoje já foram produzidos nada menos do que oito longametragens do homem-morcego para os cinemas, sem contar duas séries cinematográficas de 15 episódios curtos, exibidos nos anos 1940, quando não existia televisão e esse tipo de material era exibido nas matinês dos cinemas.
Entretanto, por muito pouco a conta não era maior. Vários projetos de filmes do Batman foram pensados ao longo dos anos, mas não foram executados. Conheça aqui os quase-filmes mais famosos do homem-morcego e veja das enrascadas que Bruce Wayne escapou – algumas tão terríveis quanto um ataque do Coringa (ou Bane?) – e outros que poderiam ter sido legais.
BATMAN, DE TOM MANKIEWICZ, 1982

O roteirista Tom Mankiewcz era bastante famoso nos anos 1970, especialmente por assinar três filmes de James Bond – 007 – Os Diamantes São Eternos; 007 – Viva e Deixe Morrer; 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro – e é o responsável pelo roteiro final de Superman – O Filme eSuperman II, de 1978 e 1980, respectivamente. (Infelizmente, pelas regras rígidas de Hollywood, ele não é creditado nestes, porque já havia outros nomes relacionados; mas ganhou o crédito de “consultor de roteiro”, embora na prática tenha reescrito o texto e seja dele a versão final).
Assim, em 1982, Mankiewicz tentou vender à Warner Bros. a ideia de um filme do Batman, seguindo a mesma linha e tom de Superman. Seria uma história de origem, com a morte dos pais de Bruce Wayne, o início de sua carreira como vigilante, sua união ao Robin e a luta contra o Coringa. Teria tom ameno, leve e divertido, tal o filme do homem de aço. Mas o estúdio não se interessou.
BATMAN 3, DE TIM BURTON, 1993

Após o sucesso de Batman – O Filme eBatman – O Retorno, em 1989 e 1992, era certo que o diretor Tim Burton continuaria a cargo da franquia multimilionária do homem-morcego. E ele bem que tentou. Em 1993, o diretor começou a trabalhar em Batman 3, que não está certo se chegou a ter um título. Burton iria colocar Batman contra o Charada, que se tornaria um poderoso chefe do crime; a Mulher-Gato estaria de volta e o Robin seria introduzido; Michael Keaton (Bruce Wayne) e Michelle Pfeiffer (Selina Kyle) estariam de volta, juntamente com Rene Russo como o interesse romântico de Bruce Wayne. Contudo, a Warner estava cada vez mais “assustada” com as ideias malucas e sórdidas do diretor e começou a haver tensão. O estúdio queria que o novo filme fosse mais “leve” e menos sombrio do que os dois anteriores e tinha a seu favor o fato de que O Retorno – apesar de ser adorado pela crítica e trazer a magistral interpretação de Michelle Pfeiffer como Mulher-Gato – não foi tão bem nas bilheterias como seu antecessor, que fora um dos maiores sucessos de bilheteria da história, o filme que mais rápido chegou aos US$ 100 milhões em bilheteria na época e até hoje é uma das maiores bilheterias de filmes de super-heróis. A gota d’água, dizem, foi que o diretor contratou Marlon Wayans (ele mesmo, dos irmãos Wayans, de Todo Mundo em Pânico, As Branquelas e G.I. Joe) para viver o Robin. O estúdio não queria um Robin negro.
Burton foi tirado do projeto e foi substituído por Joel Schumacher. Keaton e Pfeiffer se recusaram a continuar; Val Kilmer (Top Gun, The Doors) foi contratado para ser o Batman e Rene Russo foi considerada velha demais para fazer par com ele. Schumacher manteve a ideia do Charada e da introdução do Robin (papel que ficou com Chris O’Donnell, de Tomates Verdes Fritos) e lançou Batman Eternamente, em 1995.
BATMAN TRIUMPHANT, DE JOEL SCHUMACHER, 1998

Após terminar Batman e Robin, em 1997, o diretor Joel Schumacher já começou a trabalhar em sua sequência, que seria Batman Triumphant, novamente com George Clooney e Chris O’Donnell nos papeis de Bruce Wayne e Dick Greyson e uma trama até interessante: o vilão seria o Espantalho, que usaria sua toxina do medo no Batman e este alucinaria com uma volta do Coringa, seu maior medo; ao mesmo tempo, a filha do Coringa apareceria para se vingar de seu pai e se tornaria a Arlequina. Schumacher já estava em negociações com os atores para ocupar os cargos: Jack Nicholson voltaria para viver o Coringa nas cenas de alucinação; Nicolas Cage seria o Espantalho e Madonna (isso mesmo) seria a Arlequina.
Mas o fracasso – de público e crítica – de Batman e Robin foi tão grande que a Warner desistiu do projeto. E começou a pensar em outras alternativas.
BATMAN – THE DARKNIGHT, DE JOEL SCHUMACHER, 1999

Por incrível que pareça, a Warner ainda deixou o diretor Joel Schumacher oficialmente à frente da franquia do homem-morcego. Como Triumphant não foi adiante, Schumacher fez esta outra proposta: Darknight traria de volta o clima sombrio e soturno dos filmes de Tim Burton, e seria um filme de terror, mas manteria a continuidade, com George Clooney, Chris O’Donnell e tudo. A história era, de certo modo, derivada de Triunphant: Bruce Wayne se aposenta de ser o Batman (por achar que não instila mais o medo nos criminosos) e Dick Greyson iria para a Universidade de Gotham e lá conheceria o psiquiatra Jonathan Crane, que se tornaria o Espantalho; ao se sentir prejudicado pelo colega Kirk Langstrom, Crane o submeteria a um experimento que transformaria Langstrom no Morcego-Humano; as aparições do monstro em Gotham fariam as pessoas pensarem que se tratava de uma volta sangrenta do Batman, o que obrigaria Wayne a retornar suas atividades para limpar seu nome. Nicolas Cage ainda seria o Espantalho e o estúdio queria Terance Stamp (Superman II, O Procurado) como Langstrom.
Não era uma história má, mas poderia virar um agouro terrível nas mãos de Schumacher. E parece que a Warner sabia disso, tanto que cancelou o projeto também.
BATMAN – THE DARK KNIGHT’S RETURNS, DE DARREN ARONOFSKY, 2000

Com as notícias de que a franquia do Batman estava empancada na Warner, vários cineastas começaram a apresentar propostas por conta própria, visando vender um projeto. O diretor cult Darren Aronofsky (de Pi, Requiém para um Sonho, A Árvore da Vida e Cisne Negro) se ofereceu para fazer um filme adaptando Batman – O Cavaleiro das Trevas, a graphic novel de Frank Miller lançada em 1986, que mostra um futuro distópico no qual um Bruce Wayne de 55 anos, aposentado à décadas, resolve voltar à ativa para combater uma escalada de crimes em Gotham City. Para dar peso ao seu projeto, Aronofsky tinha a ideia de ter Clint Eastwood como o velho Bruce Wayne.
A Warner até gostou da ideia, mas começou a achar que era melhor voltar a franquia do Batman para o passado, não para o futuro.
BATMAN – YEAR ONE, DE DARREN ARONOFSKY, 2000

Ironicamente, foi Joel Schumacher quem teve a ideia de fazer um filme de origem do Batman, um reboot da franquia. A Warner gostou da ideia, mas definitivamente, não queria Schumacher nele. Assim, o estúdio convidou Darren Aronofsky para, em vez de fazer um Batman velho, fazer um Batman jovem, em início de carreira. O cineasta topou e trouxe Frank Miller para o projeto. Os dois adaptariam o arco Batman: Ano Um, escrito pelo próprio Miller, em 1987, mas transformando-o em um daqueles filmes violentos dos anos 1970, como Taxi Driver e Conspiração França. Christian Bale foi o escolhido para ser Bruce Wayne. A história, contudo, não era fiel ao material dos quadrinhos: Bruce Wayne terminaria nas ruas após a morte dos pais e viveria em cortiços até decidir combater a máfia de Gotham de um modo radical; só no fim do filme ele assumiria sua herança e a Wayne Enterprises.
A ideia era fazer um filme de baixo orçamento (o que era possível, tendo em vista que Batman não tem superpoderes) e extremamente carregado, mas o estúdio começou a se preocupar quando Miller e Aronofsky decidiram fazê-lo “proibido para menores de 18 anos” e esfriou o projeto. Os irmãos Wachowski (da trilogia Matrix) chegaram a reescrever o roteiro, para ser algo mais acessível, mas no fim das contas, Aronofsky desistiu. Porém, a ideia de Ano Um continuou nos corredores da Warner. E não esqueça: Batman – Ano Um virou um desenho animado em longametragem excelente!
BATMAN BEYOND, DE PAUL DINI E BOAZ YAKIN, 2001

Outro cineasta que fez uma proposta ao estúdio e foi bem recebido foi Boaz Yakin: ele sugeriu adaptar o desenho animado Batman Beyond, que mostra outro futuro distópico no qual um velho Bruce Wayne treina o jovem Terry McGinniss para ser um novo Batman. A Warner contratou o criador do desenho, Paul Dini, para escrever o roteiro, mas o projeto terminou engavetado.
SUPERMAN VS. BATMAN, DE WOLFGANG PETERSEN, 2002

Enquanto buscava um filme para o Batman, a Warner também desenvolvia um novo filme do Superman. Após o abortado projeto de Tim Burton – que quase fez um homem de aço interpretado por Nicolas Cage (ele de novo!) – havia um projeto chamado Superman – Flyby escrito por J.J. Abrams e dirigido por McG, que também não foi para frente. Assim, alguém teve a ideia maluca de fazer um filme unindo os dois heróis. Andrew Kevin Walker e Akiva Goldsman escreveram um roteiro e Wolfgang Petersen (de Tróia e Mar em Fúria) seria o diretor. Na história, Batman estava aposentado e Bruce Wayne estava para se casar com Elizabeth Miller; Clark Kent era seu amigo e seria o padrinho de casamento, enquanto estava passando por um divórcio com Lois Lane e estava meio exilado em Smallville, vivendo com Lana Lang; mas o Coringa escapava do Asilo Arkham e matava a esposa de Wayne na lua de mel; então, ele voltava à ação como Batman disposto a se vingar; Superman tentava impedir e os dois saiam em conflito, até descobrirem que Lex Luthor estava por trás de tudo e a dupla se unia para detê-lo. Jude Law era o mais cotado para ser o Superman; e Colin Farrell para ser o Batman. Christian Bale também chegou perto de assumir o papel do Batman.
O projeto começou a ficar arriscado e a Warner tinha medo de queimar as duas franquias de uma vez só. Então, cancelou tudo. Mas alguns fãs adoraram a ideia e produziram um famoso fan film – aqueles filmes realizados com baixo orçamento e sem autorização – chamado Superman and Batman. Na verdade, o filme foi gravado apenas como um trailer, mas é bem decente.
BATMAN BEGINS, DE JOSS WHEDON, 2003

Após o cancelamento de Superman vs. Batman, a Warner decidiu definitivamente fazer um filme de origem do Batman. O diretor Joss Whedon (de Os Vingadores) foi convidado para assumir a missão e deu início a Batman Begins, que teria uma história na qual Bruce Wayne se torna o Batman e combate o Espantalho. Christian Bale continuava como o preferido para ser Bruce Wayne; embora outros atores estivessem no páreo, como Colin Farrell, Guy Pearce e Jake Gyllenhaal.
Mas não houve acertos o suficiente entre o diretor e o estúdio e, então, Christopher Nolan foi chamado para assumir o projeto, nascendo a trilogia do Batman que conhecemos. Whedon foi transferido para um filme da Mulher-Maravilha que também não chegou a ser produzido, indo fazer o megassucesso Os Vingadores na concorrente Marvel.
***
E então, qual desses filmes você gostaria de assistir?
Lembre-se: com o fim da trilogia de Christopher Nolan, a Warner vai dar início a outra. Como vai ser ainda não se sabe, mas velhas ideias podem ser reavivadas. Então…


Hahaha, não conhecia essas histórias, gostei do Post, muito bom..
Se eu pudesse ver algum deles seria a 3° Versão do Tim Burton, porque e fosse Joel como diretor, ia sair outro carnaval.
GostarGostar
fala a vdd eu nao s fã de ator famoso fazer o batman!parece que eles interpretão o homem morcego como se eles focem maiores que a lenda batman,christian bale so fico conhecido mundialmente por causa do batman e foi um excelente ator como o homem morcego e deveria continuar no batman versos superman!por que nao sei nao com ben affleck de batman nao vai da certo!o cara acabo o demolidor, foi uma por caria ele como o homem sem medo!imagina ele como batman mas fazer o que!o bom que pelo menos no filme vamos ver o que sempre sonhei ver o superman com batman na mesma tela!!!
GostarGostar