O cantor e compositor Renato Russo, líder da Legião Urbana, faleceu aos 36 anos de idade em 1996 e deixou um grande legado artístico. E patrimonial também. A mãe e a irmã do músico, Carminha e Carmem Tereza Manfredini, cuidaram do legado e da empresa Legião Urbana Produções até quando o filho de Russo, Giuliano Manfredini, completou 18 anos e assumiu o controle. De uns anos para cá, contudo, uma série de disputas eclodiram entre os familiares.
O capítulo mais recente e público da disputa se deu no entorno da organização da exposição Renato Russo, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, celebrando a carreira do músico e exibindo uma incrível coleção de itens, objetos, cadernos com letras e anotações, instrumentos musicais, roupas, coleções de discos e de livros, móveis de seu apartamento e muito mais. (Veja aqui).

Porém, a organização desse espólio, que foi apadrinhado pelo MIS, resultou numa ruptura definitiva de Giuliano Manfredini com a avó e a tia, com o herdeiro trocando a fechadura do apartamento e proibindo ambas de entrarem no imóvel.
Depois, Manfredini organizou um bazar com alguns dos bens do pai, o que gerou preocupação do restante da família e resultou na irmã de Renato Russo, Carmem Tereza Manfredini escrever uma carta pública esclarecendo a disputa.

Este é o objeto do processo de danos morais movido por Giuliano contra a tia, Carmem Tereza, solicitando indenização de R$ 50 mil. Ele alega que a carta causou danos à sua imagem e expôs problemas pessoais, enquanto denuncia a avó e a tia por não terem administrado direito a Legião Urbana Produções.
Mas a Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta segunda-feira, 19 de novembro, a dar ganho de causa a Carmem Tereza.

Este não deve ser o último capítulo dessa briga, todavia. Além de sua própria família, Giuliano Manfredini também mantém uma disputa aberta com os membros remanescentes da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, sobre a exploração do espólio musical do grupo. A dupla vem realizando shows com o repertório da banda para celebrar o aniversário de seus primeiros álbuns, mas o faz sem usar o nome Legião Urbana.